O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu as defesas de 17 dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito sobre a trama golpista. O prazo para os demais advogados entregarem suas defesas ao STF termina hoje, às 23h59, após iniciar no dia 19 de março, quando a maioria dos acusados foi notificada sobre a denúncia.

Entre os acusados que já apresentaram suas defesas estão Jair Bolsonaro, Mauro Cid (delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (general do Exército e ex-ministro da Defesa), General Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) e Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin). Vários militares do Exército também apresentaram suas defesas, incluindo Bernardo Romão, Ronald Ferreira, Cleverson Ney Magalhães, Márcio Nunes, Nilton Diniz, Rodrigo Bezerra, Rafael Martins, Fabrício Moreira de Bastos, Giancarlo Gomes e Mário Fernandes.

Pedidos dos Denunciados

Os denunciados negam participação na tentativa de golpe e afirmam que não tiveram acesso total às provas da investigação. Eles pediram a substituição do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e reivindicam que o julgamento seja realizado pelo plenário do STF, em vez de pela Primeira Turma.

Após a entrega de todas as defesas, o STF marcará o julgamento da denúncia. O processo será avaliado pela Primeira Turma do Supremo, composta pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se a maioria aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros denunciados se tornarão réus, respondendo a uma ação penal no STF. A data do julgamento ainda não foi definida, mas pode ocorrer no primeiro semestre de 2025.