Militares ‘kids pretos’ são acusados de monitorar e elaborar um plano para assassinar o presidente Lula e o próprio ministro Moraes. O caso será retomado na próxima terça-feira (18), quando serão conhecidos os votos dos ministros pela absolvição ou condenação dos 10 réus. Eles são parte do ‘núcleo 3’ de uma ação penal que investiga uma organização criminosa para manter Jair Bolsonaro no poder. O julgamento no STF foi marcado por cobranças por lealdade da defesa e críticas à investigação.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, iniciou os votos, seguido pelos demais ministros, incluindo Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flavio Dino. O advogado Jeffrey Chiquini da Costa pediu a absolvição do tenente-coronel Rodrigo Bezerra De Azevedo, destacando a falta de prova de sua participação no plano. A defesa alegou que o militar não esteve presente nas reuniões de planejamento e, portanto, não poderia ter executado o plano. O ministro Moraes questionou a falta de fotos do dia do aniversário do réu, crucial para as acusações.
A defesa dos tenentes-coronéis Ronald Ferreira e Sergio Cavalierri negou que os militares fizessem parte de um plano contra o estado democrático de direito. João Carlos Dalmagro Júnior defendeu Ronald, ressaltando que ele não participou de nenhum evento suspeito. Igor Laboissieri Vasconcelos Lima, advogado de Cavalierri, destacou que seu cliente não estava envolvido em atividades que denotassem participação em organização criminosa. O ministro Flavio Dino reforçou a importância da lealdade e respeito no julgamento, cobrando respeito aos integrantes da Corte. O STF volta a se reunir na terça para dar continuidade ao julgamento dos ‘kids pretos’.