O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou o julgamento sobre o espaço onde funcionava a Academia de Tênis, localizada no Setor de Clubes Sul (SCS), às margens do Lago Paranoá, em Brasília. O Ministro relator, Raul Araújo, retirou o processo de pauta da Quarta Turma. O espaço está abandonado há 15 anos e foi vendido por R$ 240 milhões. A nova data ainda será marcada oficialmente, já que o processo não chegou a entrar em análise, não havendo limite para o adiamento.
Inaugurado em 1972 pelo médico José Farani, o empreendimento reunia áreas comerciais, hoteleiras, culturais e esportivas. Ricado Farani, filho de José Farani, informou que o espaço foi vendido por R$ 240 milhões, e os compradores deveriam entregar 6 mil m² de terreno à família. Também foi mencionado que os empresários pagaram o sinal do negócio e uma parte do montante total, porém uma disputa ainda existe entre a família e os compradores em relação ao pagamento.
Com uma extensão comparável a 60 campos de futebol, a antiga Academia de Tênis foi um dos primeiros resorts luxuosos do centro da capital. O local contava com 36 quadras de tênis, 5 piscinas e 250 apartamentos. A proposta dos novos compradores é erguer um empreendimento imobiliário na área.
A negociação em torno do destino da antiga Academia de Tênis em Brasília tem se arrastado nos últimos anos, envolvendo uma série de questões contratuais e financeiras. A família Farani e os empresários compradores continuam em negociação para resolver as pendências relacionadas ao pagamento e ao futuro desenvolvimento do espaço.
A vista aérea do local demonstra a vastidão e o potencial das instalações, que se encontram em estado de abandono há mais de uma década. O projeto de transformar o espaço em um empreendimento imobiliário visa revitalizar a região e agregar valor ao patrimônio, mas a resolução final do impasse ainda está pendente de julgamento pelo STJ.
A antiga Academia de Tênis, cuja história se confunde com a própria trajetória de Brasília, representa um marco arquitetônico e cultural significativo na região. A expectativa em torno do desfecho do processo judicial reflete não apenas a disputa entre os envolvidos, mas também o interesse da população em preservar a memória e o legado do local, que contribuiu para a formação da identidade da capital brasileira.