O DE do Distrito Federal abriu uma sessão crucial que vai definir o futuro de Adriana Villela, apontada como mandante do chamado “Crime da 113 Sul”. Três magistrados devem votar nesta terça-feira para decidir o desfecho do caso. Até o momento, o placar está empatado, com um voto para manter a condenação e ordenar a prisão imediata de Adriana Villela, e outro voto para anular a condenação.

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça retomou o julgamento dos recursos do Crime da 113 Sul, um dos casos mais emblemáticos da história do Distrito Federal. Os recursos envolvem a situação de Adriana Villela, condenada em 2019 pelos assassinatos de três pessoas em 2009. O processo ganhou destaque e até uma série documental no Globoplay.

O julgamento já foi adiado duas vezes e, por esse motivo, não cabe mais nenhum novo adiamento. Se o tema entrar em pauta, os ministros precisam chegar a uma decisão final. Caso a condenação seja mantida, a STJ deve definir a prisão imediata de Adriana Villela. Se a condenação for anulada, o processo retrocederá ao estágio inicial da ação penal, exigindo um novo júri.

O ministro Sebastião Reis Júnior votou para anular a condenação, alegando nulidades que afetaram a equidade entre a defesa e a acusação. Ele argumentou que a defesa não teve acesso a depoimentos cruciais que foram determinantes para a condenação de Adriana Villela. Os vídeos desses depoimentos foram disponibilizados tardiamente aos advogados, o que levantou questionamentos sobre a imparcialidade do julgamento.

O colegiado também está avaliando a possibilidade de execução imediata da pena de Adriana Villela, conforme decisão do tribunal do júri. A defesa de Villela tem afirmado sua inocência ao longo de todo o processo. O Ministério Público pediu a execução imediata da pena, argumentando que não há motivos para anular a condenação. A decisão da Sexta Turma poderá ser alvo de novos recursos, como embargos de declaração ou acionamento do Supremo Tribunal Federal.

Em resumo, o desfecho do julgamento do Crime da 113 Sul está nas mãos dos magistrados do STJ, com possíveis desdobramentos como a prisão imediata de Adriana Villela ou o retorno do processo ao estágio inicial. A decisão impactará não apenas os envolvidos no caso, mas também a jurisprudência relacionada à execução de penas após condenações de júri. O desenrolar desse julgamento sem dúvida terá repercussões significativas no cenário jurídico brasileiro.