STJD autoriza retorno de jogadores banidos por manipulação ao futebol

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STJD libera três jogadores eliminados por manipulação a voltar ao futebol

Após dois anos, Ygor Catatau, Gabriel Tota e Romário, pivô da Operação Penalidade Máxima, estão reabilitados e podem voltar ao futebol após decisão unânime do Pleno do STJD

Em entrevista ao ge em junho, ex-Vasco Ygor Catatau se emocionou ao falar de sua punição

Dois anos e dois meses após serem eliminados do futebol por envolvimento em manipulação de resultados, os atletas Ygor Catatau, ex-Vasco e Sepahan, do Irã, Gabriel Tota, ex-Juventude e Ypiranga-RS, e Romário, ex-Vila Nova, estão oficialmente reabilitados. O trio está liberado a voltar a jogar.

A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira, pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que julgou os pedidos de reabilitação apresentados pelos jogadores.

Os três foram identificados na Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, e punidos com eliminação e multa após comprovada participação em esquemas de apostas. Romário foi o pivô do início da operação.

Agora, com todos os requisitos legais atendidos — como o pagamento de multas, comprovação de atividade profissional e apresentação de declarações de idoneidade —, os atletas conseguiram o parecer favorável e estão liberados para retomar suas carreiras.

Os atletas acompanharam os julgamentos presencialmente na sede do STJD, no Rio de Janeiro. Entendendo que cumpriram os requisitos, o Subprocurador-geral Eduardo Ximenes se posicionou favorável ao pedido e acrescentou.

Em maio de 2023, 16 pessoas, entre elas sete atletas, viraram réus após investigações da segunda fase da Operação Penalidade Máxima.

Na primeira fase da Operação Penalidade Máxima, oito jogadores de diferentes clubes foram denunciados pelo Ministério Público e viraram réus por participarem do suposto esquema de manipulação em jogos da Série B de 2022.

As investigações começaram depois que o volante Romário, do Vila Nova, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Ele recebeu um sinal de R$ 10 mil, e só teria os demais R$ 140 mil após a partida. Como não foi relacionado, tentou cooptar colegas de time – sem sucesso. A história então vazou e o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, ele próprio um policial militar, investigou o caso e entregou as provas para o Ministério Público de Goiás.

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