O atacante Bruno Henrique, jogador do Flamengo, está sendo julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, sob a acusação de ter forçado um cartão amarelo em benefício de apostadores em uma partida contra o Santos, em 2023, válida pelo Brasileirão. Além de Bruno, outros quatro atletas amadores, incluindo seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior, foram denunciados. O procurador Caio Porto Ferreira destacou a importância do caso como questão de compliance esportivo e a falta de colaboração das casas de apostas. Já a defesa de Bruno alegou prescrição do caso, enquanto o Flamengo, representado por Michel Assef Filho, reprovou condutas sobre manipulação de resultados.
Em seu voto, o procurador Caio Porto Ferreira mencionou a falta de acesso a trocas de mensagens entre Bruno e seu irmão como motivo para a reabertura do processo. Enquanto isso, a defesa argumentou que o tempo de prescrição inviabiliza a continuidade das acusações. A atuação das casas de apostas, em especial da Betano, também foi criticada pelo procurador. O advogado de Bruno defendeu a impossibilidade de provar a existência de conluio entre o jogador e seu irmão para beneficiar apostadores.
O advogado do Flamengo voltou a ressaltar a reprovação do clube em relação à manipulação de resultados e questionou a atuação da Procuradoria do STJD. Os debates sobre o prazo prescricional e o acesso às provas se intensificaram durante o julgamento. O auditor Alcino Guedes rejeitou o argumento da defesa, apontando que a compartilhamento das provas reiniciou o prazo prescricional. O julgamento é o primeiro passo para definir o desfecho do caso na esfera desportiva, com possibilidade de recurso para ambas as partes.
Por que Bruno Henrique está sendo julgado? O jogador é acusado de vazar informações sobre um cartão amarelo recebido em jogo contra o Santos, favorecendo apostadores. O processo envolve também seu irmão e outros amigos, e o desfecho do julgamento pode ter repercussões significativas no futebol brasileiro.