STM Condena 2.140 Militares das Forças Armadas: Generais e Almirantes de Patentes Mais Altas são Absolvidos – Dados Atualizados até 2024

O Superior Tribunal Militar (STM) condenou 2.140 militares das Forças Armadas de 2018 a 2024. Segundo informações obtidas pelo site DE através da Lei de Acesso à Informação (LAI), os militares condenados foram de diversas patentes, com exceção dos generais, brigadeiros e almirantes das três DE.

Um levantamento detalhado revelou que, no período mencionado, nenhum dos generais, brigadeiros e almirantes foi condenado por crimes militares. Apenas um general-de-divisão participou de processos de ação penal militar ou apelação criminal, mas acabou sendo absolvido. Os dados mais recentes do STM, atualizados até 10 de dezembro de 2024, revelam a situação dos militares das patentes mais elevadas.

Posteriormente ao período analisado, ocorreu a condenação de um general-de-brigada por corrupção passiva. O oficial, que já estava na reserva remunerada e também era médico, recebeu uma sentença de 2 anos de reclusão de acordo com as informações obtidas pelo DE.

No total, foram 1.615 militares do Exército Brasileiro, 281 da Força Aérea Brasileira e 244 da Marinha do Brasil que receberam condenações entre 2018 e 2024. O levantamento abrange diversos crimes, como estelionato, corrupção passiva, peculato, falso testemunho e outros.

Destaca-se que, dos militares condenados, 17 coronéis foram os de maior patente a receberem sentenças, sendo a maioria do Exército, seguido por dois da Aeronáutica. Em relação à Marinha, nenhum capitão de mar e guerra foi condenado durante o período analisado.

Além disso, houve casos de crimes graves como estupro, assédio e importunação sexual, resultando em condenações de diversos militares ao longo dos sete anos. O levantamento não divulga os nomes, mas revela a realidade de transgressões cometidas por alguns membros das Forças Armadas.

Por fim, as instituições militares se pronunciaram de forma genérica sobre as condenações, ressaltando que os militares estão sujeitos à legislação penal vigente, incluindo as normas militares. O Exército destacou que respeita as decisões judiciais, enquanto a Marinha afirmou que a resposta via LAI é oficial e a FAB não emitiu posição. O DE continuará acompanhando esses desdobramentos e trazendo as informações relevantes para seus leitores.

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Nomeação de Vitor Cavalcanti de Arruda gera polêmica com dívidas milionárias – Entenda o caso em DE

O novo secretário-adjunto das Subprefeituras, Vitor Cavalcanti de Arruda, foi nomeado pelo prefeito de DE, Ricardo Nunes, mesmo possuindo uma dívida de mais de R$ 12 milhões com a União. Vitor é o proprietário da Companygraf, uma gráfica localizada na zona sul de São Paulo que se encontra na lista de devedores do Ministério da Fazenda. A dívida da empresa inclui R$ 2,3 milhões em débitos previdenciários e R$ 9,6 milhões em tributos federais, além de R$ 436 mil em impostos estaduais.

A nomeação de Vitor foi oficializada no Diário Oficial do Município em 6 de janeiro. Segundo a Prefeitura de DE, a escolha do empresário se baseou em critérios técnicos. No entanto, a Companygraf já foi alvo de investigações por improbidade administrativa no passado, em um caso relacionado ao ex-vereador Antonio Goulart. A empresa foi condenada e proibida de firmar contratos com o poder público, mas a sentença foi posteriormente anulada devido a mudanças na legislação.

Apesar das investigações passadas, Vitor receberá um salário de R$ 27 mil no novo cargo na prefeitura. A Companygraf foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo em 2017 por contratos firmados com o gabinete de Antonio Goulart. Na época, a empresa prestava serviços de impressão para o vereador e sua esposa, que também trabalhava como assessora do gabinete, recebendo pagamentos no valor de R$ 39 mil entre 2007 e 2010.

A defesa de Vitor Cavalcanti de Arruda ressalta que as dívidas mencionadas estão em processo de discussão tributária tanto administrativa quanto judicialmente, de acordo com a legislação brasileira. Além disso, a ação de improbidade administrativa foi considerada improcedente pela Justiça em São Paulo, reconhecendo a lisura das contratações realizadas pela Companygraf. A empresa foi liberada para continuar atuando no mercado público.

A Prefeitura de DE, em nota, afirmou que a nomeação de Vitor seguiu critérios técnicos e que os valores em questão estão em debate judicial e administrativo. A defesa de Antonio Goulart salientou que a condenação por improbidade administrativa não implicou em suspensão de direitos políticos, podendo o político exercer cargos públicos normalmente. Em meio a polêmicas e investigações, a transparência e ética na gestão pública são reafirmadas como compromissos essenciais.

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