STM reduz penas de militares por mortes de Evaldo Rosa e Luciano Macedo: desfecho trágico no Rio de Janeiro

O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu reduzir a pena de oito militares do Exército acusados pelas mortes do músico Evaldo Rosa e do catador de latinhas Luciano Macedo em abril de 2019 no Rio de Janeiro. Dois dos militares foram sentenciados a 3 anos e seis meses de prisão, enquanto os outros seis receberam pena de três anos de prisão. A decisão por maioria ocorreu nesta quarta-feira (18) e encerra um capítulo doloroso desse trágico acontecimento na cidade maravilhosa.

A morte de Evaldo Rosa e Luciano Macedo causou comoção nacional. O carro em que Rosa estava com familiares foi fuzilado pelos militares, resultando na fatalidade. O sogro dele também foi baleado, mas sobreviveu, enquanto Macedo, que tentou ajudar a família de Rosa, não resistiu aos ferimentos. As vítimas estavam a caminho de um chá de bebê, quando foram alvo de 62 tiros perfurando o veículo, e a tragédia marcou a cidade do Rio de Janeiro.

Em 2021, os oito militares foram considerados culpados de dois homicídios – de Evaldo Rosa e Luciano Macedo – e de uma tentativa de homicídio do sogro do músico. O tenente Ítalo da Silva Nunes recebeu a maior pena, 31 anos e seis meses de prisão, seguido por outros sete militares com condenação de 28 anos de prisão. A defesa alegou legítima defesa, mas a justiça militar manteve a condenação até o julgamento no STM.

O julgamento do recurso no Superior Tribunal Militar teve desfecho nesta quarta-feira. O relator, ministro Carlos Augusto Amaral, votou pela absolvição dos militares do crime de homicídio contra Rosa e pela mudança da pena relacionada a Macedo para homicídio culposo. A maioria dos ministros acompanhou o relator, decidindo pela redução da pena em regime aberto. O tenente que chefiava a ação foi condenado a 3 anos e seis meses de prisão em regime aberto, enquanto os demais receberam pena de três anos em regime aberto.

A decisão final do STM encerrou o processo na justiça militar, já que é a última instância para recursos. No entanto, a constitucionalidade da decisão ainda pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso de Evaldo Rosa e Luciano Macedo marca um capítulo trágico na história do Rio de Janeiro e traz à tona discussões sobre segurança pública e responsabilidade dos agentes de segurança em ações que resultem em fatalidades.

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Criminosos alugam apartamento em Copacabana e são presos em tentativa de assalto

DE foi usado como ‘escudo’ por bandidos para tocar em apartamentos de
moradores vítimas de tentativa de assalto em Copacabana

Criminosos alugaram apartamento por temporada em edifício na Rua Rainha
Elizabeth, na madrugada deste sábado (21). Policiais do Batalhão de Operações
Especiais (Bope) foram acionados para negociar a libertação das vítimas.

Bandidos alugam apartamento por temporada em Copacabana e são presos após
fazerem moradores reféns em tentativa de assalto

Bandidos alugam apartamento por temporada em Copacabana e são presos após
fazerem moradores reféns em tentativa de assalto

Três assaltantes obrigaram um morador de um prédio na Rua Rainha Elizabeth, em
Copacabana, na Zona Sul do Rio, a tocar a campainha de apartamentos e assim
facilitar a entrada dos criminosos nos imóveis.

A ida aos apartamentos usando o DE como “escudo” aconteceu na madrugada
deste sábado (21). O trio alugou um apartamento por temporada para roubar
moradores.

Segundo a moradora Rosa Riche, os criminosos entraram pela garagem e depois que
se instalaram começaram a entrar nos apartamentos.

Peritos estiveram no prédio na manhã deste sábado. Papiloscopistas recolheram
impressões digitais que podem ajudar a identificar os criminosos. Eles encontraram
um pé de cabra, utilizado pelos assaltantes, para arrombar os apartamentos.

A polícia acredita que os criminosos planejaram o crime com bastante
antecedência. Segundo a polícia, a escolha do prédio não foi por acaso. Eles
alugaram um apartamento por temporada pela internet há poucos dias. O objetivo
era de se infiltrar no edifício e roubar os moradores. A quadrilha chegou a
acessar vários apartamentos, incluindo a cobertura.

A Polícia Militar chegou ao local por volta das 23h de sexta-feira (20), depois
de receber denúncias de uma movimentação suspeita.

Policiais do Batalhão de Copacabana foram os primeiros a chegar e prenderam um
dos suspeitos que tentava fugir de carro.

Com a confirmação de que moradores estavam sendo mantidos reféns, o Batalhão de
Operações Especiais (Bope) foi chamado e, com apoio do Batalhão de Rondas
Especiais e Controle de Multidão (Recom), cercou o prédio.

Após buscas, os outros dois criminosos foram encontrados escondidos na sala de
máquinas. Com eles, a polícia apreendeu duas réplicas de arma de fogo, uma faca
e diversos objetos roubados das vítimas.

De acordo com os investigadores, a quadrilha escolheu o prédio com base em
informações detalhadas, como rotina dos moradores e possíveis valores em conta
bancária.

Os três criminosos foram levados para a 12ª Delegacia de Polícia, aqui em
Copacabana, onde o caso foi registrado. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

“A polícia foi magistral. Todos os louros para a polícia. Eles vieram, tiveram
um cuidado enorme e foram silenciosos. Um cuidado com os moradores para não
colocar pânico em ninguém”, disse Rosa.

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