Subsídio do transporte a idosos e estudantes não é repassado há 24 anos

A nova modalidade de pagamento irá reduzir o tempo de liberação de créditos.

“Isso significa que, no valor das tarifas dos usuários pagantes, é incluído um valor adicional para cobrir os custos referentes à fruição desses serviços pelos beneficiários de gratuidades”

A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira propôs ação civil pública para exigir que o Estado de Goiás pague as gratuidades aos idosos, pessoas com deficiência, carentes e estudantes. Segundo a promotora, o repasse não é respeito desde que a Lei Estadual entrou em vigor, em 1994.

“O Estado de Goiás, em momento algum, desde a edição da lei, realizou os repasses necessários para o financiamento dos benefícios tarifários concedidos”, afirmou, acrescentando que “isso significa que, no valor das tarifas dos usuários pagantes, é incluído um valor adicional para cobrir os custos referentes à fruição desses serviços pelos beneficiários de gratuidades”. Segundo a ação, a falta deste pagamento causa empobrecimento dos cidadãos mais humildes, que necessitam usar o transporte coletivo, pois eles custeiam a tarifa com as gratuidades, já que os ônus que deveriam ser suportados pelo Poder Público são transferidos para o valor da tarifa, limitando o direito fundamental dos usuários pagantes de ir e vir.

De acordo com a ação, a Lei Estadual nº 12.313 concedeu gratuidade no transporte público coletivo de passageiros aos usuários maiores de 65 anos, às pessoas carentes com deficiência física, sensorial, mental ou renal e aos estudantes da rede pública com até 12 anos incompletos. No entanto, o Estado jamais realizou os repasses previstos na lei, tendo como consequência o custeio das gratuidades por subsídio tarifário cruzado. “Isso significa que no valor das tarifas dos usuários pagantes, é incluído um valor adicional para cobrir os custos referentes à fruição desses serviços pelos beneficiários de gratuidades”, aponta a promotora.

Valores

Segundo esclarecido na ação, no ano de 2012, foi editada a Lei Estadual nº 17.685, que criou o Programa Passe Livre Estudantil (PLE), responsável por oferecer aos estudantes das redes pública e particular de ensino gratuidade no sistema de transporte coletivo urbano de passageiros da Região Metropolitana de Goiânia, benefício tarifário de 50% do valor da tarifa. Contudo, desde que essa lei foi publicada, até o mês de julho de 2017, o Estado não repassou os valores correspondentes ao ônus desse benefício às concessionárias do transporte coletivo. Assim, no período de 2012 a 2017, o custeio do Passe Livre Estudantil integrou a tarifa do usuário pagante pelo subsídio cruzado. “Essa situação mostra um completo desinteresse do Estado de Goiás em arcar com os benefícios tarifários concedidos”, afirmou Leila Maria.

No mês de julho de 2017, foi editada a Lei Estadual nº 17.762, pela qual o Passe Livre Estudantil passou a ser de 100% do valor da tarifa vigente. Apenas então o governo estadual começou a fazer os repasses referentes a esse benefício.Desse modo, dados fornecidos pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET) apontam que o impacto financeiro mensal dessas gratuidades nos custos das tarifas da Região Metropolitana de Goiânia, chegou, respectivamente, a R$ 9,16 milhões, em 2016; R$ 8,8 milhões, em 2017 e R$ 6,38 milhões em 2018, de janeiro a abril.

Quanto ao ano de 2018, a previsão é de que o impacto das gratuidades nas tarifas alcance aproximadamente 15%. Segundo a ação, caso o Estado tivesse feito o pagamento, o valor da tarifa cairia de R$ 4,00, ela poderia ser reduzida em cerca de R$ 0,60 se os benefícios tarifários fossem devidamente custeados pelo poder público. “Ou seja, se fosse desonerado da tarifa o montante relativo ao ônus das gratuidades, o usuário pagante do transporte coletivo pagaria, atualmente, cerca de R$ 3,40 pelo serviço”, apontou a promotora.

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Menina de 2 anos desaparecida é encontrada dormindo em guarda-roupa no Paraná

Uma menina de 2 anos, dada como desaparecida, foi localizada dormindo dentro de um guarda-roupa na própria residência, em Rolândia, Paraná. O caso aconteceu na tarde desta terça-feira, 24, e mobilizou a Polícia Militar após a família acionar as autoridades.

Segundo relatos da avó, que estava responsável pela criança no momento, as duas brincavam na sala quando ela se distraiu por alguns instantes. Logo depois, percebeu que a menina não estava mais no local e notou que o portão da casa estava aberto.

Preocupada, a avó descreveu à polícia como a neta estava vestida, o que deu início a buscas na região. Enquanto o registro da ocorrência era realizado, a criança foi encontrada dormindo dentro de um guarda-roupa, para alívio de todos.

A Polícia Militar do Paraná reforçou a importância de atenção redobrada com crianças pequenas e destacou que, felizmente, o desfecho do caso foi positivo.

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