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Superando o trauma, terapia do século XXI

Última atualização 26/04/2018 | 17:18

Desensibilização e reprocessamento com base nos movimentos dos olhos é chave na superação de traumas

A técnica EMDR é comprovadamente eficaz e permite que memórias traumáticas sejam ressignificadas no cérebro humano, curando o indivíduo de traumas que transformam a sua personalidade. Estímulos visuais, auditivos e táteis da esquerda à direita, em combinação com outros passos (protocolo de 08 fases) específicos do procedimento do EMDR, incrementam o processamento de informações de memória traumática ou perturbadora que foram mal armazenadas, acelerando o aprendizado pela experiência e superando o trauma.

O EMDR deve ser aplicado por psicólogos e médicos que trabalham com terapias. Profissionais da psicologia e da medicina especialista em terapias têm à disposição cursos homologados pela Associação Brasileira de EMDR e pelo EMDR Institute (EUA)/EMDR Iberoamérica. A terapia é ideal para crianças traumatizadas. A técnica pode ser aplicada em crianças, adolescentes e adultos, para superação de traumas, transtorno de ansiedade e depressão. “Em crianças têm resultados ainda mais rápidos – devido ao fato de o cérebro da criança ter redes de memórias mais limpas e poucas vivências traumáticas”, diz Ana Lúcia Castello, que também é especialista no trabalho de EMDR com Crianças e ministra cursos nesta área por todo Brasil.

Traumas como abuso sexual também são reprocessados com sessões de EMDR de forma mais rápida e eficaz do que um processo terapêutico verbal normal. O trauma é reprocessado, e o paciente pode conseguir acessar redes emocionais saudáveis com o trabalho e transformar aquela experiência em algo que existiu mas que pode não causar mais tanto sofrimento, experimentando um sentimento positivo e de confiança.

É um método potente no tratamento de pessoas com deficiências visuais ou auditivas, autistas, pessoas com Síndrome de Down que podem se beneficiar da estimulação bilateral do cérebro, reprocessando os traumas destes pacientes, minimizando os sintomas das doenças e instalando crenças positivas sobre eles e sobre o mundo.    O EMDR não é recomendado para pacientes com problemas neurológicos graves e com problemas cardíacos graves. Para esses pacientes o EMDR deve ser liberado pelos seus respectivos médicos especialistas.