Superintendente de Trânsito de Silvânia é preso por fraude de emplacamento

superintendente de trânsito

O superintendente de Trânsito de Silvânia e outras seis pessoas foram presos preventivamente nesta sexta-feira (12). Eles são suspeitos de participar de um esquema de fraude em emplacamento de motos em Silvânia e Luziânia. De acordo com a Polícia Civil, eles fazem parte de uma suposta associação criminosa voltada a confecção e fornecimento de placas de veículos de forma irregular.

Ainda segundo a polícia, eles seriam o elo que vincula ladrões de veículos e clonagem. As investigações mostram que duas famílias possuem elo no crime e atuavam em conexão, transportando placas veiculares provenientes do Setor de Indústria e Abastecimento do Distrito Federal para Luziânia e vice-versa.

Como funciona o esquema?

A família que atuava no Setor de Indústria e Abastecimento do Distrito Federal era formada pelo pai, filho e nora, que produziam placas para fornecimento em Luziânia. Segundo a Polícia Civil, eles também atendiam criminosos do DF.

Já a família que atuava em Luziânia era formada por tia e sobrinhos e confeccionava placas, ainda com empresas credenciadas junto ao Detran de Goiás e estabelecidas na cidade do Entorno do DF.

O superintendente de trânsito de Silvânia, preso durante a operação, era responsável pelo recebimento das placas irregulares e fornecimento de matrizes alfanuméricas para confecção de placas de motocicleta.

Os autuados foram interrogados, recolhidos e recambiados à Casa de Prisão Provisória (CPP) de Luziânia por determinação da magistrada responsável pelo caso.

 

 

 

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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