Supermercados em Goiás serão obrigados a identificar “substitutos” de leite

Os supermercados goianos podem começar a identificar produtos “substitutos” de leite. A medida é uma recomendação para  informar os consumidores sobre a substituição de queijo e outros lácteos por produtos análogos aos alimentos comercializados nos estabelecimentos do estado.

 

A proposta é que sejam afixadas placas em local visível ao público. Outra medida a ser adotada pelos supermercados seria a separação dos produtos lácteos similares. A ideia é evitar que as pessoas comprem os alimentos equivocadamente. Um clássico nessa linha é o complemento lácteo, que é ultraprocessado e muitas famílias acreditam ser leite em pó. O consumo por causar problemas de saúde.

 

A fiscalização do cumprimento das medidas será realizada pelo Procon-GO. O pedido feito pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO)  foi encaminhado para a Associação Goiana de Supermercados (Agos). A justificativa está em uma lei estadual de Goiás que obriga os estabelecimentos comerciais do ramo alimentício a informarem a substituição de lácteos por produtos análogos.

 

A assessoria da Agos informou que está divulgando essas informações junto aos supermercadistas associados desde julho de 2021. “Muitos já estão identificando com plaquinhas e etiquetas os produtos nas prateleiras e gôndolas de supermercados”, disseram. 

 

Em todo o País, os Procons estaduais foram acionados para casos emblemáticos de substituições. O leite condensado da Nestlé teve a embalagem mantida, mas o conteúdo mudou para uma “alternativa com menor desembolso para as famílias brasileiras que querem continuar preparando suas receitas sem abrir mão da segurança do resultado e da qualidade”, informou a empresa. O Ministério da Agricultura esclarece que os produtos não podem induzir o consumidor a erro. Se o alimento mudar, a embalagem também deve ser alterada. 

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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