Supermercados impulsionam vendas no varejo em 0,6% em setembro

Preços de produtos e serviços em Goiânia têm queda de 0,53% em janeiro, aponta IBGE

As vendas no varejo brasileiro apresentaram um aumento de 0,6% na passagem de agosto para setembro, revelando uma recuperação consistente. No mês anterior, a variação havia sido ligeiramente negativa, registrando -0,1%. Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, o comércio varejista acumula um crescimento de 1,8% no ano e de 1,7% nos últimos 12 meses.

O setor de supermercados e hipermercados destacou-se como um dos principais impulsionadores desse crescimento, com um aumento de 1,6%. Esse segmento se encontra 9,1% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, isso se deve em parte à escolha orçamentária das famílias, que priorizam itens de primeira necessidade, como alimentos e produtos de higiene. Além disso, o aumento da população ocupada e da renda contribuiu para o crescimento nas vendas desses estabelecimentos.

Outras áreas do varejo também tiveram desempenho positivo, como a de Móveis e Eletrodomésticos (2,1%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%). No entanto, cinco atividades tiveram variações negativas, incluindo Combustíveis e lubrificantes (-1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,1%).

O maior impacto negativo foi observado no setor de Combustíveis e lubrificantes, que caiu 1,7% e é o segundo maior peso no varejo. Apesar de ter havido um crescimento nas receitas dos postos de gasolina, esse aumento não foi suficiente para compensar a inflação. No varejo ampliado, o setor de Veículos e motos, partes e peças também registrou uma queda de 0,9%, e o de Material de construção teve uma diminuição de 2,0%.

Destaques

Na comparação com setembro do ano passado, o varejo brasileiro cresceu 3,3%. Quatro das oito atividades pesquisadas apresentaram crescimento nessa comparação, com destaque para Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,9%). As demais atividades tiveram variações negativas, com destaque para Livros, jornais, revistas e papelaria (-18,3%) e Combustíveis e lubrificantes (-8,7%).

Frente ao mês anterior, o varejo apresentou resultados positivos em 13 das 27 Unidades da Federação, com destaques para o Rio de Janeiro (3,1%), o Ceará (2,9%) e Mato Grosso (2,0%). Por outro lado, 13 UFs registraram resultados negativos, com Roraima (-2,7%), Rio Grande do Sul (-2,8%) e Espírito Santo (-2,6%) liderando as quedas. Tocantins permaneceu estável (0,0%) nessa comparação.

No varejo ampliado, a variação foi de 0,2%, com 17 UFs apresentando resultados negativos, e as maiores variações positivas ocorrendo no Rio de Janeiro (2,5%), Maranhão (2,2%) e Ceará (2,1%). Tocantins e São Paulo registraram estabilidade (0,0%) nesse cenário.

 

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Pobreza na Argentina caiu para menos de 40%, aponta governo

Pobreza na Argentina: Desafios e Dados

O índice de pobreza na Argentina caiu para 38,9% no terceiro trimestre deste ano, enquanto a pobreza extrema, ou indigência, recuou para 8,6%, conforme estimativa do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), divulgado nesta quinta-feira, 19. A medição oficial do Indec, que ocorre semestralmente, havia apontado 52,9% de pobreza na primeira metade do ano.

O governo atribui essa redução às políticas econômicas implementadas para controlar a inflação e estabilizar a economia, além de um foco maior nas transferências de recursos diretamente para os setores mais vulneráveis, sem a intermediação de terceiros. No início da gestão de Javier Milei, metade dos recursos destinados à população em situação de vulnerabilidade era distribuída por meio de intermediários.

Embora os números absolutos variem, especialistas concordam que os indicadores de pobreza estão em declínio. Martín Rozada, da Universidade Torcuato Di Tella, calculou que, se a tendência continuar, a taxa de pobreza pode se situar em torno de 40% até o final do ano, com a indigência em cerca de 11%.

Agustín Salvia, do Observatório da Dívida Social da UCA, apontou que a redução da pobreza foi impulsionada pela desaceleração dos preços e pelo aumento do poder de compra da renda laboral das classes médias, com a indigência caindo de 10% para 8,5% entre 2023 e 2024.

Leopoldo Tornarolli, da Universidade de La Plata, também previu que a pobreza em 2024 pode terminar abaixo dos níveis de 2023, devido à queda expressiva no primeiro semestre do ano.

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