Supervisor é investigado por estuprar empregada em hospital de zona nobre de
Belo Horizonte
Crimes de estupro e importunação sexual teriam sido cometidos no Hospital
Orizonti. O suspeito é supervisor de faturamento da cooperativa da unidade, e a
vítima, uma jovem de 23 anos, estudante de biomedicina.
1 de 1 Fachada do Hospital Orizonti, na capital mineira — Foto:
Reprodução/Google Maps
Fachada do Hospital Orizonti, na capital mineira — Foto: Reprodução/Google Maps
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga um caso de estupro que teria ocorrido
dentro do Hospital Orizonti, no bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo
Horizonte.
Segundo a denúncia, o supervisor de faturamento Thiago Fernandes Mattos da
Costa, de 37 anos, é suspeito de importunar sexualmente e estuprar uma
funcionária, de 23 anos. Os crimes teriam ocorrido em agosto deste ano. O caso é
investigado pela Delegacia Especializada em Combate à Violência Sexual.
A vítima, que é estudante de biomedicina, relatou que foi contratada para
trabalhar no setor de faturamento e que o supervisor tinha o hábito de dar
investidas nela, com convites para sair e comentários não solicitados sobre o
corpo da jovem.
Dias depois, o suspeito teria esfregado suas partes íntimas na estudante e, em
um dia em que só os dois estavam na sala, teria a pressionado contra a parede,
colocado a mão por dentro da calcinha da vítima e consumado o ato criminoso.
EVOLUÇÃO DOS ABUSOS
A jovem relatou que outra funcionária também percebia que as supostas investidas
de Thiago Mattos eram invasivas, e que a colega já havia pedido para que ele
“parasse com as ações já que o mesmo é casado”.
A vítima denunciou que os atos iam de convites para sair e passadas de mão até
comentários como “você vai ser minha sobremesa” e perguntas sobre qual peça
íntima a estudante estava usando.
Testemunhas próximas à vítima, que foram ouvidas no inquérito, relataram que,
antes de trabalhar no hospital, a jovem era extrovertida, sociável e vaidosa,
mas com o tempo passou a apresentar sinais de preocupação e tensão. A estudante
também começou a usar roupas largas, parou de publicar fotos nas redes sociais e
ficou dias sem ir ao trabalho.
Em outra ocasião, o supervisor teria oferecido uma carona para a vítima e a
outra funcionária, mas, depois que a colega desembarcou do veículo, Thiago teria
tentado estacionar na porta de um motel. A vítima questionou a atitude do
suspeito e ele a deixou na entrada de uma estação de metrô.
A jovem contou aos policiais que, no dia em que foi estuprada, 28 de agosto, não
conseguiu falar para ninguém, e que seus pais a viram chegar em casa chorando e
indo direto para o banho. Ela notificou o caso ao RH do hospital no dia seguinte
ao crime e deixou a empresa em 2 de setembro.
Semanas depois, a estudante decidiu denunciar o ocorrido e acionou uma equipe de
advogados para acompanhar os desdobramentos do inquérito.
O Diário do Estado procurou a defesa de Thiago Mattos, a Cooperativa Sccooper e o Hospital
Orizonti, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
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