O suplente Mário Jorge Soares Gentil foi preso por suspeita de envolvimento na morte do vereador Silmar Braga, ocorrida em Magé, na Baixada Fluminense. A disputa política entre os dois ex-aliados, que culminou em uma corrida eleitoral acirrada no bairro Jardim Nova Marília, é o principal foco da investigação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Silmar Braga, do PP, foi assassinado a tiros no dia 20 de janeiro, e Gentil, suplente pelo Solidariedade, é apontado como o mandante do crime pelo delegado Renato Martins.
Gentil foi detido em Duque de Caxias, com a prisão temporária de 30 dias decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro(TJRJ). Apesar de não herdar a vaga de Silmar na Câmara de Vereadores de Magé por ser de um partido diferente, a polícia suspeita que o crime esteja diretamente ligado à disputa de votos entre os dois políticos no bairro Jardim Nova Marília. Silmar conquistou seu quarto mandato consecutivo, sendo uma figura proeminente na região, enquanto Gentil perdeu a vaga por uma pequena margem de votos.
A DHBF identificou um homem suspeito de ser o executor do homicídio, mas seu nome não foi divulgado para não interferir nas investigações em curso. Em novembro, durante um mandado de busca na casa de Gentil, foram encontradas sete armas registradas, documentos, rádios de comunicação, um notebook e uma máquina de contar dinheiro. A prisão do suplente é resultado de uma investigação de 11 meses, e a polícia segue apurando os detalhes do crime.
A vítima, Silmar Braga, de 50 anos, foi alvejada por seis tiros disparados de um revólver calibre 38. Apesar de ter sido levado para o Hospital Municipal de Magé, o político não resistiu aos ferimentos. A Câmara de Vereadores de Magé emitiu uma nota reafirmando seu respeito às autoridades responsáveis pela investigação e confiando no trabalho das mesmas para esclarecer o caso. A instituição destaca a importância do devido processo legal, da ampla defesa e da presunção de inocência, princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito.
A Câmara salienta que acompanha de perto o desdobramento das investigações e se coloca à disposição para colaborar com as autoridades conforme necessário. Por fim, a instituição repudia qualquer forma de violência e reafirma seu compromisso com a defesa da vida, da democracia e do pleno funcionamento das instituições públicas. A busca por justiça e esclarecimento em relação ao trágico assassinato do vereador Silmar Braga continua, com a polícia atuando incansavelmente para trazer os responsáveis pelo crime à luz da justiça.




