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Surto de infecção em crianças tem 646 casos suspeitos na capital e interior goiano

Última atualização 02/05/2023 | 15:24

Comum em crianças, a doença mão-pé-boca (DMPB) está preocupando famílias com crianças em idade escolar. Os casos suspeitos estão em alta desde janeiro deste ano em 14 municípios goianos. Aparecida de Goiânia lidera em número de diagnósticos suspeitos (288), de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). O tratamento é sintomático e exige isolamento de até 10 dias após início dos primeiros sinais.

Os 56 surtos confirmados pela pasta somam 646 registros, por isso “realiza o trabalho de capacitação de investigação e manejo clínico, faz o monitoramento dos casos e elabora as notas técnicas com as informações para os municípios”. Além de Aparecida, a SES-GO apura casos em Goiânia (131), Santo Antônio da Barra (64), Mundo Novo (40), Silvânia (37), Pires do Rio (23), Ouvidor (13), Corumbaíba (11), Cumari (11), Caldas Novas (10), Cezarina ( 6), Jesúpolis (5), Carmo do Rio Verde (4) e Barro Alto (3).

A doença é mais frequente no outono entre crianças de até cinco anos de idade, mas pode ocorrer também em adultos.  A transmissão se torna recorrente porque as pessoas ficam mais tempo juntas em ambientes fechados devido à queda na temperatura e aumenta o risco de infecção pelas secreções de vias aéreas, gotículas de saliva e pelo contato com lesões. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as estatísticas apontam mais de 150 mil casos por ano no Brasil. Os sintomas são mal-estar, falta de apetite, dor de garganta, dificuldade para engolir, aumento da salivação, vômitos e diarreia. A característica mais marcante são pequenas bolhas avermelhadas nas mãos, nos pés e na boca, embora outras regiões do corpo possam ser afetadas, como área genital, glúteos e membros.

A DMPB pode ocasionar desidratação  por causa do incômodo de ingerir água causado pelas feridas da doença na região da boca. É possível ocorrer meningite viral e paralisia similar a poliomielite ou encefalite. Medicamentos antivirais se restringem aos casos mais graves. O ideal é que a criança ou adulto permaneça em repouso, faça ingestão frequente de líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta. Não existe vacina.