Surto de Metanol em PE: cinco novos casos suspeitos e uma morte; total de 63 em investigação – SES divulgou atualização

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Metanol: PE registra cinco novos casos suspeitos de contaminação, com uma morte; 34 seguem em investigação

Desde 30 de setembro, estado acumulou 63 suspeitas de intoxicação associada ao consumo de bebidas adulteradas.

Maior surto de intoxicações por metanol dos últimos anos aconteceu recentemente, entre 2016 e 2023 — Foto: Reprodução/TV Globo/Fantástico

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, em boletim divulgado nesta terça-feira (14), que registrou cinco novos casos suspeitos de intoxicação por metanol em Pernambuco. Com as novas notificações, o estado totaliza 63 casos suspeitos desde 30 de setembro.

Entre as novas notificações divulgadas pela SES, estão uma morte, dois pacientes que seguem internados e outros dois que deixaram o hospital por conta própria. Com a atualização do boletim, o número de casos em investigação subiu de 29 para 34. Três foram confirmados até o momento (saiba mais abaixo).

Segundo a SES, os cinco novos casos são:

– um paciente de Salgueiro, no Sertão, que morreu;
– um paciente do Recife que deixou o hospital por conta própria;
– um paciente do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, que deixou o hospital por conta própria;
– um paciente de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte, que segue internado;
– um paciente de Serrita, no Sertão, que segue internado.

Dos 63 casos notificados até o momento, quatro são referentes a moradores de outros estados, dois de São Paulo, um de Alagoas e um da Paraíba. Destes, um de São Paulo já foi descartado. Os outros três pacientes receberam alta hospitalar e os casos seguem em investigação.

TRÊS CASOS CONFIRMADOS

Garrafas tinham 300 vezes mais metanol do que permitido, diz perito

Na segunda-feira (13), Pernambuco confirmou os três primeiros casos de intoxicação por metanol. As vítimas são três homens moradores de Lajedo, no Agreste. Dois morreram e outro ficou com sequelas oculares.

De acordo com o perito criminal Rafael Arruda, do Instituto de Criminalística, exames laboratoriais mostraram que a bebida consumida pelas vítimas tinha concentração de metanol 300 vezes acima do limite legal (veja vídeo acima).

Em um dos casos, a quantidade da substância no sangue era cinco vezes maior que o nível recomendado para iniciar o tratamento.

Na época em que os homens foram internados, a polícia informou que havia indícios de que as vítimas consumiram uísque comprado em um caminhão que passou por Bela Jardim, no Agreste do estado, para revenda.

CUIDADOS COM O CONSUMO DE DESTILADOS

A SES recomenda que a atenção seja redobrada em relação ao consumo de bebidas alcoólicas destiladas, como vodca, gin, cachaça e uísque, por conta do risco de adulteração com substâncias tóxicas.

Entre as orientações aos consumidores, a Apevisa reforçou que é recomendado:

– comprar bebidas alcoólicas em estabelecimentos licenciados pela Vigilância Sanitária;
– observar se o lacre da garrafa está intacto;
– conferir se o rótulo apresenta fabricante, teor alcoólico, composição, datas de fabricação e validade;
– procurar o registro de 13 dígitos do Ministério da Agricultura, exigido para todos os produtos alcoólicos.
– Para comerciantes, a recomendação é redobrar o cuidado na escolha de fornecedores. Preços muito abaixo do mercado podem ser indício de adulteração.

Nos bares e restaurantes, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) sugere que o cliente peça para ver a garrafa da dose que será servida.

Já em relação às bebidas prontas, como drinks, a recomendação é consumir apenas em locais licenciados e acompanhados pela Vigilância Sanitária.

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