SUS terá novo modelo de financiamento

Ganhará monitoramento online sobre a certificação de ações realizadas

A partir de janeiro de 2018, o Ministério da Saúde passará a adotar um novo formato de transferência de verbas federais. A proposta unifica os recursos garantindo o melhor acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS), atualmente os repasses eram realizados por meio de seis blocos de financiamento temático. Agora serão repassados em duas categorias sendo: o custeio de ação e serviços públicos de saúde e do bloco de investimento.

Além de proporcionar mais autonomia para os gestores estaduais e municipais, o novo modelo também vai permitir mais eficiência no controle e monitoramento da execução de recursos destinados às ações em saúde. A aplicação da verba fica interligada ao plano de saúde local, respeitando o orçamento federal, como o financiamento da atenção básica, vigilância em saúde e assistência farmacêutica.

A transferência dos recursos serão realizadas em conta financeira única e específica para cada uma das categorias, o novo formato possibilita que o gestor tenha mais agilidade na destinação dos recursos disponíveis, podendo fazer o remanejamento das verbas de acordo com a necessidade e realidade do local.

Prestação de Contas

Ao final do exercício financeiro, o gestor deverá prestar conta À União, respeitando os compromisso assumidos no Plano de Saúde e orçamento federal. Caso o gestor não cumpra a execução orçamentária de todas as áreas, o Ministério da Saúde terá autonomia para bloquear o repasse da União.

Monitoramento Online

O Ministério da Saúde também vai monitorar a aplicação dos recursos federais, a cada dois meses, por meio do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). A partir do primeiro bimestre do ano que vem, já está previsto o acompanhamento. A partir de março o MS também acompanhará o planejamento de saúde dos estados e municípios por meio do sistema e-SUS GESTOR. Possibilitando a certificação das ações de saúde que estão sendo cumpridas, de acordo com o planejamento e execução de recursos.

(com informações do Ministério da Saúde)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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