A advogada Amanda Partata, acusada de envenenar o ex-sogro e a mãe dele, teria utilizado a falsa alegação de gravidez com pelo menos outros cinco ex-namorados, de acordo com informações do delegado Carlos Alfama. Durante o relacionamento de quase dois meses com o filho de Leonardo Pereira Alves, Amanda teria apresentado um exame falso após o término, afirmando estar grávida.
Isso permitiu que ela continuasse frequentando a residência e mantendo contato com os familiares do ex-companheiro. Leonardo, de 58 anos, e sua mãe, Luzia Tereza Alves, de 86, vieram a falecer no hospital horas depois de compartilharem um café da manhã com a advogada em 17 de dezembro.
“Os ex-namorados relataram exatamente a mesma conduta de falsa gravidez utilizada como pretexto para exigir dinheiro e que eles mantivessem o relacionamento com ela. Alguns confirmaram que passaram pela situação, mas não quiseram prestar depoimento para não se expor, mas nós já temos pelo menos cinco pessoas formalizadas nesse sentido”, informou o delegado.
Através de uma nota, os advogados de defesa de Amanda informaram “que somente se manifestarão nos autos processuais”
Conforme as investigações, Amanda teria realizado um evento de chá revelação, no entanto, a polícia divulgou nesta sexta-feira, 29, que os exames relacionados à suposta gravidez foram fraudulentos. A suspeita teria fabricado a história da gestação como uma artimanha para manter sua presença na residência da família do ex-namorado.
“No exame de gravidez já é possível perceber indício de falsificação. Ela fez de forma grosseira mesmo. Já haviam indícios de falsificação que foram confirmados com os exames reais”, contou o delegado.
Relembre o caso
O caso veio à tona na segunda-feira, 18, quando Leonardo Pereira Alves e sua mãe, Luzia Tereza Alves, morreram envenenados, após um café da manhã com alimentos comprados pela advogada Amanda Partata. Na ocasião, ela comprou bolos de pote da confeitaria Perdomo Doces, que foi acusada como responsável pela intoxicação alimentar.
A família contou que três horas após a ingestão, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, vômitos e diarreia, sendo levados para o Hospital Santa Bárbara, onde foram internados. Entretanto, os dois não resistiram e morreram no mesmo dia.
A ex-nora também comeu doces, mas em menor quantidade e chegou a sentir os sintomas enquanto estava indo para Itumbiara, mas retornou para Goiânia devido ao incômodo. Em razão disso, a família desconfiou que o que teria causado as mortes fossem os doces, o que foi descartado pela Polícia na mesma semana.