Última atualização 23/05/2022 | 15:26
Na última sexta-feira (20), a cidade de Campo Limpo de Goiás que, conta com pouco mais de 8 mil habitantes, ficou chocada com o pronunciado de dez alunos que relataram terem sofrido abuso sexual de quatro homens, sendo que três moram na cidade. Eles chegaram a ser presos pela Polícia Militar (PM), mas acabaram liberados pela falta de flagrante.
Os abusos que aconteciam há cerca de sete anos, já chegaram a levantar suspeitas entre os moradores, além de terem sido investigados pelo Conselho Tutelar do município, que não conseguiu levar a investigação à diante por falta de provas, segundo a conselheira Kátia de Socorro Dias.
“Já havia uma denúncia em curso, mas ela nunca foi para frente. Já as demais, não tínhamos como fazer nada sem denúncia. Agora, essas crianças estão fazendo tratamento psicológico, pois elas correm risco de ficarem traumatizadas por conta dos abusos”, disse.
Abusos
As denúncias foram feitas por estudantes entre 5 e 15 anos, durante uma palestra do Maio Laranja, no Colégio Estadual Rui Barbosa. Quatro delas são do mesmo núcleo familiar e eram abusadas por um mesmo suspeito, que faz parte da família. O abusador, inclusive, era servidor do município e ocupava o cargo de motorista de ambulância.
A vítima mais jovem, de 5 anos, relatou que o homem entrava no banheiro quando ela estava tomando banho e acariciava as partes íntimas. A forma do abuso, conforme explicado pelas vítimas, eram iguais e incluíam desde assédio verbal até carícias em órgãos genitais. Entretanto, os suspeitos não praticavam o ato da penetração.
Os abusos aconteciam nas casas das vítimas ou de familiares. As quatros meninas que foram abusadas pelo parente, por exemplo, foram molestadas na casa dá avó de uma delas. Outro ponto em comum era a forma como os criminosos mantinham os abusos em segredo, usando ameaças para intimidar as vítimas.
Exonerado
Após as denúncias de abuso, o funcionário público foi exonerado pela prefeitura do município de Campo Limpo. A prefeitura do município informou que após a denúncia dos adolescentes e a pasta tomar conhecimento que um dos suspeitos era servidor comissionado do município, o mesmo foi exonerado.