Catalão: Suspeito de atear fogo em ex é preso por tentativa de feminicídio

Suspeito Robson Martins de Oliveira Leonel

O suspeito de atear fogo na ex-mulher, Robson Martins de Oliveira Leonel (29), se entregou para a polícia no final da tarde de hoje (21) e confessou o crime. Robson chegou na Delegacia de Atendimento à Mulher de Catalão (Deam), sob suspeita de tentativa de feminicídio, acompanhado de um advogado. Sua ex-companheira, ainda permanece sob cuidados médicos no Hugol.

De acordo com a delegada responsável pelo caso e titular da Deam, Alessandra Maria de Castro, “ele se apresentou hoje na delegacia, na presença de um advogado e se entregou. Ele confessou que ateou fogo na ex-companheira e fez isso movido por ciúmes dela, ‘perdendo a cabeça'”, diz. A delegada diz que ele já tinha um mandato de prisão decretado e no momento ele está a disposição do juiz.

Desde o dia do crime (13 de outubro), ele permaneceu foragido e, de acordo com informações, ele teve ajuda de terceiros para se manter escondido. Até o momento, Robson será indiciado pelo crime de tentativa de feminicídio, ou seja, um homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher.

Entenda o caso

No dia 13 de outubro, uma mulher de 24 anos, teve o corpo queimado logo após ter sofrido uma tentativa de feminicídio pelo seu ex-companheiro em Catalão, sudeste de Goiás. A vítima foi levada para o Pronto Socorro da Santa Casa do município, com vários ferimentos e queimaduras. A agressão aconteceu 3 dias depois do vencimento de uma medida protetiva temporária.

Em relato da vítima para a polícia, o fato aconteceu por volta das 10h da manhã.  A mulher estava a caminho do trabalho, quando Robson apareceu e a forçou a entrar em um veículo.

O suspeito levou a mulher para zona rural parando o carro nas proximidades da cidade de Goiandira. Ali, então, iniciaram as agressões com chutes na região da cabeça e tórax. De acordo com a vítima, nesse momento ela começou a perder consciência e o suspeito abriu um frasco de álcool, ateando fogo sobre seu tórax e costas. Neste momento ela conseguiu sair em fuga pela mata fugindo do agressor, e pedir ajuda a terceiros que passava pela rodovia.

Segundo  informações médicas, a paciente se encontra internada, com queimaduras de 2º e 3º graus e politrauma.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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