Suspeito de atear fogo no viaduto João Alves está em liberdade

O homem suspeito de atear fogo no Viaduto João Alves de Queiroz, o elevado da T-63, foi solto na noite do último sábado, 16, após passar por audiência de custódia. As informações são da Defensoria Pública de Goiás.

Segundo as investigações da Polícia Civil, Baltazar David, de 41 anos, praticou o crime na tentativa de procurar drogas. Para conseguir a liberdade ficou condicionado que o homem não pode mudar de endereço e ficou obrigado a se apresentar ao Fórum sempre que chamado.

Ao Ministério Público Baltazar contou a mesma versão dada à Polícia. O homem reforçou que o incêndio foi acidental. Assim a Defensoria pública pediu o relaxamento da prisão e “o Ministério Público se manifestou favorável a liberdade”, explicou a Defensoria.

A partir de Agora o homem responderá o processo em liberdade e, caso não consiga contratar um advogado particular, a Defensoria Pública continua o assistindo no caso.

O incêndio no elevado da T-63 aconteceu por volta das 5h da manhã do dia 15 de junho. As chamas comprometeram grande parte do viaduto. O delegado que investiga o caso disse que Baltazar informou que a droga que ele procurava caiu dentro de um buraco e para conseguir iluminar o espaço teria colocado fogo nas placas.

Suporte

Ainda no último sábado (16), a Prefeitura de Goiânia começou a retirar as cerca de 60 placas do elevado que foram danificadas pelo incêndio. A informação do prefeito Rogério Cruz é que a estrutura do viaduto possui 600 placas que agora serão substituídas por obras de arte urbana.

O local onde foi registrado o incêndio é um ponto movimentado do trânsito de Goiânia. Por enquanto o viaduto e a trincheira continuam interditados e a Avenida t-63, em seu nível inferior segue liberada para tráfego nos dois sentidos da pista.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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