Suspeito de atirar em cachorro e cegá-lo de um olho, vereador é preso em Itajá

Suspeito de atirar em cachorro e cegá-lo de um olho, vereador é preso em Itajá

Na cidade de Itajá, na região sul do estado de Goiás, o vereador Heder Alves Cruvinel (PSDB) foi preso na última terça-feira, 6. O parlamentar é suspeito de atirar em um cachorro, atingindo-o perto do olho esquerdo. O animal pertence a uma criança de dois anos de idade, e está internado em uma clínica a fim de se recuperar dos ferimentos.

O cachorro e o vereador em Itajá

De acordo com o delegado Nicolas Alvarenga, que investiga o caso em Itajá, o vereador foi preso por maus-tratos. Tal crime é inafiançável e prevê pena de 2 a 5 anos de prisão. O advogado Paulo Assis, responsável por defender Heder Cruvinel, vai requerer a liberdade provisória do parlamentar na designação da audiência de custódia.

Ainda segundo a defesa do vereador, o homem disparou contra o cachorro em um “gesto incontido e impensado”, após o animal atacar a criação de porquinhos da índia do parlamentar. Heder Cruvinel teria tentado expulsar o cão do quintal de sua casa, sem sucesso. Com isso, no desespero, utilizou uma arma de chumbinho para atirar no cachorro, cegando-o de um olho.

O animal está em tratamento e o vereador custeará as despesas. Na clínica, o cão recebeu atendimento após trauma na face e sentindo muita dor. Há a possibilidade, inclusive, de que haja a necessidade de uma cirurgia para a retirada do olho esquerdo.

Em relação aos porquinhos da índia, a defesa de Heder Cruvinel afirma que 13 deles morreram. Quanto à criança de dois anos que é a tutora do cachorro, a avó relatou ao g1 que a neta chora muito, com medo do animal de estimação morrer.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp