Suspeito de cometer chacina morre em confronto com a PM no Mato Grosso

Um dos suspeitos da chacina de Sinop, no Mato Grosso, morreu nesta quarta-feira, 22, após entrar em confronto com a Polícia Militar (PM) em uma zona rural da cidade. Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, estava foragido desde terça-feira, 21, quando, com a ajuda de um comparsa, matou a sangue frio sete pessoas, incluindo uma adolescente de 12 anos. 

O homem chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional de Sinop, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A polícia agora procura por Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, também apontado como suspeito de cometer o crime. A chacina ocorreu após os dois perderem R$ 4 mil em uma aposta durante um jogo de sinuca e, por não aceitarem a derrota, retornaram ao bar com uma pistola 380 e uma espingarda calibre 12. 

Segundo a Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT), Edgar tem registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). O veículo utilizado pelos autores da chacina para fugir do local do crime também foi encontrado nesta quarta-feira, 22, junto das armas que também estavam no automóvel. O carro e os materiais foram encaminhados à Delegacia de Sinop.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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