Polícia encontra sangue e carroça na casa de suspeito do duplo homicídio em Santa Cruz do Capibaribe
Durante a perícia, agentes identificaram tentativa de limpeza e alteração da cena do crime na residência de João Victor, localizada a poucos metros de onde os corpos foram achados.
Carrinho de mão encontrado na casa do suspeito pode ter sido usado para transportar o corpo de Nayara Gabrielly até o local onde foi enterrada — Foto: Reprodução
A Polícia Civil DE Pernambuco realizou, na noite da sexta-feira (25), uma perícia na residência de João Victor dos Santos Araújo, de 19 anos, principal suspeito do assassinato de Nayara Gabrielly e Sivanilson Sinésio, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste. A casa, situada no bairro Bela Vista, fica próxima ao prédio abandonado da antiga Escola Evangélica, onde os corpos das vítimas foram encontrados.
Durante a ação pericial, foram detectadas marcas de sangue nos cômodos da residência, principalmente no banheiro e na cozinha. Segundo os peritos, a análise preliminar indica que houve tentativa do suspeito de apagar vestígios, inclusive com pintura de paredes. Ainda assim, os testes com reagentes químicos, como o luminol, revelaram reações positivas para a presença de sangue.
Além disso, um carrinho de mão encontrado na casa apresentou vestígios compatíveis com a substância. De acordo com os investigadores, o equipamento pode ter sido utilizado para transportar o corpo de Nayara até o terreno onde foi enterrado. O item foi recolhido e encaminhado à delegacia para exames complementares.
Outros materiais foram coletados no local, como latas de bebida alcoólica, bitucas de cigarro e amostras de áreas específicas, incluindo o vaso sanitário. A perícia também realizou coleta de vestígios biológicos com potencial para exames de DNA no Instituto de Genética Forense, o que deve auxiliar na elucidação da dinâmica do crime.
Apesar da tentativa de ocultação dos vestígios, os peritos informaram que a tecnologia utilizada permite identificar manchas mesmo após esforços de limpeza, mesmo após 15 dias, o que fortalece a linha investigativa.
A Polícia Civil aguarda agora os laudos periciais completos do Instituto de Criminalística, do local onde os corpos foram achados e do Instituto Médico Legal (IML), para consolidar a sequência dos fatos e reforçar a responsabilização do suspeito.
João Victor continua sendo o principal investigado no caso. O desaparecimento do casal foi registrado no dia 11 de julho. Os corpos foram localizados dias depois, enterrados em uma área de difícil acesso.