Suspeito de envolvimento na morte do delator do PCC é detido em Praia Grande, revela DE São Paulo

Segundo informações divulgadas pela DE (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) da Polícia Civil de São Paulo, o segundo suspeito de envolvimento na execução do delator do PCC Vinícius Gritzbach foi detido nesta segunda-feira (9). Mateus Mota, acusado de emprestar os dois carros utilizados na fuga dos criminosos, foi encontrado em um apartamento em Praia Grande, no litoral paulista.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) informou por meio de suas redes sociais que os policiais do DEIC prenderam Matheus Augusto de Castro Mota. O mandado de prisão temporária foi expedido após um trabalho de inteligência da força-tarefa encarregada da investigação do assassinato de Vinícius Gritzbach. Matheus foi localizado em Praia Grande e encaminhado para o DHPP.

Na madrugada de sábado (7), Matheus Soares Brito também foi preso pela polícia. Ele é considerado o principal alvo das investigações, supostamente auxiliando o olheiro Kauê do Amaral Coelho a deixar São Paulo após a morte de Gritzbach. Kauê, apontado como responsável por informar os atiradores sobre a chegada do empresário no aeroporto, foi o primeiro suspeito identificado pela força-tarefa.

Além disso, outros dois homens foram presos em flagrante na sexta-feira (6) por porte ilegal de munições de uso restrito. Marcos Henrique Soares Brito, irmão de Matheus, e Allan Pereira Soares, tio de Matheus e Marcos, foram detidos. No entanto, na audiência de custódia realizada no sábado (7), a Justiça considerou as prisões ilegais e as relaxou, a pedido do Ministério Público.

A família dos presos neste caso de delator do PCC alegou que as munições foram “plantadas” pela polícia para incriminá-los. O Tribunal de Justiça julgou as prisões ilegais, e Allan Soares e Marcos Henrique Soares tiveram suas prisões em flagrante relaxadas. A dinâmica do atentado ainda está sendo investigada pela DE, que segue apurando os fatos relacionados ao caso.

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Operação Overclean desmantela esquema de desvios milionários de recursos públicos na Bahia

A Polícia Federal, investigando um esquema de desvios milionários de recursos públicos na Bahia, apreendeu R$1,5 milhão com suspeitos de propinas dias antes da Operação Overclean. O valor, transportado em um voo particular de Salvador para a capital federal, Brasília, tinha origem ilícita e era destinado ao pagamento de propinas. Segundo a Receita Federal, a organização criminosa utilizava um esquema estruturado para direcionar recursos públicos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados às administrações municipais.

Os investigadores identificaram que o empresário Alex Rezende Parente e o ex-coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) na Bahia, Lucas Maciel Lobão Vieira, utilizavam aeronaves para transportar valores em espécie. A PF prendeu 17 suspeitos e coletou depoimentos, identificando “diversas contradições”. Alex alegou que o dinheiro provinha de vendas de equipamentos, enquanto Lucas afirmou desconhecer a existência do montante.

A organização criminosa, que atua de forma coordenada desde 2021, teria movimentado cerca de R$1,4 bilhão, proveniente de emendas parlamentares e contratos com órgãos públicos. Os crimes incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro. O “Rei do Lixo”, José Marcos Moura, suspeito de liderar o esquema, prospectava contratos com a cooptação de servidores mediante o pagamento de propina.

O modus operandi da organização envolvia a cooptação de servidores públicos, superfaturamento de obras e desvios de recursos. A lavagem de dinheiro era feita de forma sofisticada, incluindo o uso de empresas de fachada e contas bancárias em nomes de terceiros. Os investigados, como Alex, Fábio Rezende Parente, e Lucas Lobão desejam esclarecer todos os fatos no curso da investigação. Defesas de outros suspeitos negaram participação na organização criminosa.

Entre os demais suspeitos detidos estão políticos, empresários e servidores públicos. Francisco Manoel do Nascimento Neto, vereador, tentou se livrar de dinheiro com uma sacola. Flávio Henrique de Lacerda Pimenta foi exonerado da Secretaria Municipal de Educação por suspeita de favorecimento. Diversas outras figuras, como Kaliane Lomanto Bastos, Orlando Santos Ribeiro, Diego Queiroz Rodrigues, entre outros, são acusadas de integrar a organização criminosa e favorecer os desvios milionários de recursos públicos.

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