Suspeito de estuprar e matar criança de 10 anos, confessa outro crime bárbaro

Homem que abusou e matou menino em milharal é condenado a 26 anos de prisão

O homem suspeito de estuprar e matar um menino de 10 anos na zona rural de Maurilândia, região Sudoeste de Goiás, foi preso nesta segunda-feira (16). Encontrado na cidade de Conquista d’Oeste, no Mato Grosso, na divisa com a Bolívia, Valteir Camargo da Silva, de 51 anos, negou o estupro. Mas, surpreendentemente, confessou outro crime igualmente bárbaro, cometido, segundo ele, há dois meses, no mesmo município. Motivado por vingança, Valteir disse que matou a vitíma com 48 facadas e que se pudesse “colocava num saquinho e comeria os pedaços”. (Veja o vídeo no final da matéria.)

A prisão do suspeito ocorreu pela Polícia Militar do Mato Grosso, em parceria com a PM e Polícia Civil de Goiás. Valteir estava sendo monitorado desde sábado (14), quando o 8º Comando Regional da Polícia Militar de Goiás informou que ele estaria foragido na região da faixa de fronteira.

Ele é o principal suspeito de ter estuprado e matado Vitor Henrique dos Santos, que tinha 10 anos de idade. O crime ocorreu no mês passado. O garoto foi encontrado morto 3 dias após o desaparecimento. No corpo dele tinha sinais de facadas e de violência sexual.

Após investigações, a PC de Goiás chegou a divulgar o retrato e o nome do acusado para denúncias.

Retrato de Valteir Camargo da Silva, de 51 anos,  divulgado pela PC.

O pai do menino, chegou a divulgar um vídeo nas redes sociais pedindo que a justiça fosse feita.

Prisão

De acordo com o Sargento Morais, que atuou na prisão do suspeito, ao ser abordado ele teria tentado se passar por um irmão.

“Pedimos a documentação pessoal do mesmo, e o mesmo alegou que não tinha. No primeiro momento, ele foi muito frio, muito tranquilo, dizendo que era trabalhador e alegava que essa pessoa era irmão dele. Mas a gente conseguiu comprovar através de reconhecimento facial, que ele realmente era o autor”, relatou o Sargento.

Ao ser preso, Valteir confessou o crime, mas negou ter cometido violência sexual contra a criança.

“Isso aí não, se eu tivesse feito alguma coisa eu falava.Mas esse negócio de estupro é conversa fiada”, disse o suspeito ao repórter do MT 24 Horas.

Confessando outro crime

Na sequência, o homem também confessou um crime ocorrido há dois meses. Na época, segundo ele, o crime foi motivado por vingança.

“Suspeito: Em 97 a gente catava algodão e cortava cana. Ai, meu pai toca um bar e eu fui esfaqueado. Eu segurei o meu dinheiro e voltei pra Goiás, pra cuidar da minha mãe e do meu pai. Tornaram me ameaçar, tentei matar o pai, não consegui, matei o filho.

Repórter: Esse crime o senhor cometeu a cerca de dois meses atrás.

Suspeito: Dentro do bar do meu pai, tinha mais ou menos umas 35 pessoas, todo mundo viu. Dei 48 facadas. É vingança, eu fiz foi pra vingar. Eu ainda deu pouco. Se eu pudesse cortar e pôr num saquinho e comer os pedacinhos, eu comia. Porque ninguém sabe a dor que eu passei. Eu esfaqueado, sentindo o pedaço do meu dedo. Se eu pudesse comer pedacinho por pedacinho, eu comia um por um”, disse na entrevista.

Após a prisão, Valteir foi encaminhado a Delegacia da Polícia Civil de Pontes e Lacerda, no Mato Grosso. Ele deve passar por uma audiência de custódia com a Justiça e a expectativa é que ele seja transferido para Rio Verde ainda na terça-feira (17).

Vídeo:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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