Suspeito de falsificar registros de CAC é preso em Professor Jamil

Uma operação da Polícia Federal (PF) do município de Jataí, nesta quarta-feira, 12, prendeu um despachante suspeito de falsificar registros para Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC), em Professor Jamil, no centro-sul de Goiás. Na ocasião, a PF cumpriu dois mandatos, sendo um de busca e apreensão e o outro de prisão.

De acordo com a Polícia, o suspeito atuava em processos para adquirir o registro do CAC utilizando documentos falsos.

As investigações iniciaram após o 41º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro de Jataí identificar fraudes nos processos movidos pelo investigado. O suspeito apresentou mais de 70 documentos falsos, como declarações de filiação à entidade de tiro, laudos psicológicos, comprovantes de capacidade técnica para manuseio de arma de fogo, comprovantes de ocupação lícita, comprovantes de residência, declaração de guarda do acervo e certidões de antecedentes criminais.

A falsificação do suspeito possibilitava que pessoas que não possuem os registros necessários para ter armas e munições obtivessem os equipamentos de forma ilegal. As investigações também determinaram que o registro de CAC de um dos envolvidos fosse cancelado, bem como a apreensão dos objetos.

Se condenado, o suspeito deve responder por falsificação de documentos público e particular, falsidade ideológica e uso de documento falso, sujeito a pena de até 19 anos de prisão.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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