Suspeito de feminicídio em Ubá é investigado por outros crimes contra mulheres

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Homem que confessou morte de prostituta é suspeito de outros três crimes contra mulheres; delegado investiga feminicídio

Jonathan Martins enrolou o corpo de Ana Clara Veloso com lençol, deixou no portão de casa e foi trabalhar. Outras denúncias contra ele surgiram após a divulgação do caso.

Vídeo mostra prostituta com cliente horas antes de ser morta por ele em Ubá

A Polícia Civil investiga se Jonathan Martins, de 29 anos, suspeito de matar Ana Clara Veloso, de 19, em Ubá, cometeu crimes contra outras mulheres. Um deles é o de importunação sexual registrado horas antes do feminicídio, outro envolve uma adolescente de 16 anos, e um terceiro é um homicídio em Volta Redonda (RJ).

Antes de matar Ana Clara, Jonathan tentou levar para casa uma mulher de 36 anos. Ela contou à Polícia Civil que foi abordada na noite de domingo (7), recebeu uma oferta em dinheiro e foi ameaçada ao recusar. A ocorrência foi registrada como importunação sexual.

Segundo o delegado, o episódio será incluído no mesmo inquérito que apura a morte de Ana Clara.

“Está concluído. E será objeto dentro do mesmo inquérito. A circunstância da importunação é salutar, pois confirma o menosprezo e a subjugação à condição da mulher, fato que levou também ao cometimento do feminicídio”, afirmou Dantas.

A Polícia Civil também ouviu uma adolescente de 16 anos, que afirmou ter um relacionamento com o suspeito. O delegado informou que o caso ainda está em andamento e é apurado.

Nos crimes registrados em Ubá, Jonathan também é apontado como suspeito de um homicídio ocorrido em junho, em Volta Redonda (RJ).

O CRIME

Imagens de câmeras de monitoramento registraram os últimos momentos de Ana Clara ainda na noite de domingo. A jovem foi vista passando pela rua onde o suspeito mora, no Bairro Industrial.

Na segunda-feira, o corpo foi encontrado com vários hematomas, enrolado em um lençol, em frente ao portão da casa de Jonathan. Segundo a Polícia Civil, ele confessou o crime e alegou um desentendimento sobre o valor do programa sexual combinado por aplicativo.

Jonathan segue preso no Presídio de Ubá e está assistido pela Defensoria Pública. O Diário do Estado procurou o órgão, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

MOTIVAÇÃO DO CRIME

Em depoimento, o suspeito afirmou que o combinado era o pagamento de R$ 700, mas ele queria parcelar o valor, o que gerou o conflito.

> “Chamou a atenção da equipe policial o fato de que o suspeito, após cometer o crime e deixar o corpo na porta de sua casa, seguiu sua rotina normalmente e foi trabalhar”, destacou Giovane.

O laudo de necropsia e os vestígios coletados estão em análise, e o inquérito deve ser concluído na próxima semana.

“As investigações apontam para um crime de feminicídio, uma vez que o autor teria matado a vítima também por razões relacionadas à condição dela ser mulher”, completou o delegado.

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Ana Clara Veloso (vítima) e Jonathan Martins (autor do crime) — Foto: Redes Sociais/Reprodução

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