Suspeito de matar prostituta tentou levar outra mulher para casa horas antes do crime
A Polícia Civil informou que a importunação sofrida por uma mulher de 36 anos será incluída no inquérito que investiga a morte de Ana Clara Veloso, em Ubá. O corpo da jovem foi encontrado com hematomas e enrolado em um lençol, no portão da residência de Jonathan Martins, que confessou o crime.
Antes de cometer o assassinato de Ana Clara Veloso, de 19 anos, Jonathan Martins, de 29 anos, tentou levar para casa outra mulher, conforme relato da vítima. A abordagem ocorreu no domingo, em Ubá, quando a mulher recebeu uma proposta em dinheiro e foi ameaçada ao recusar. A ocorrência foi registrada como importunação sexual e será parte do mesmo inquérito.
De acordo com o delegado Giovane Rodrigues de Faria Dantas, responsável pelo caso, a importunação será considerada no contexto do feminicídio. Ele afirmou que a subjugação à condição da mulher, juntamente com o menosprezo, contribuíram para o cometimento do crime. O delegado reforçou a importância desses elementos no desfecho do inquérito.
Imagens de câmeras de monitoramento capturaram os últimos momentos de Ana Clara Veloso na noite do crime. A jovem foi vista passando pela rua onde Jonathan Martins reside, no Bairro Industrial. O corpo dela foi encontrado com diversos hematomas, envolto em um lençol, em frente à residência do suspeito. A Polícia Civil informou que Jonathan confessou o crime, alegando um desentendimento sobre o valor do programa sexual combinado pelo aplicativo.
Após o crime, Jonathan seguiu sua rotina normalmente e foi trabalhar, chamando a atenção das autoridades. O laudo de necropsia e as evidências coletadas estão sob análise, com previsão de conclusão do inquérito nesta semana. O delegado destacou que as investigações apontam para um crime de feminicídio, relacionado às razões de gênero.
Em paralelo ao homicídio e à importunação sexual, a Polícia Civil também ouviu uma adolescente de 16 anos que relatou um envolvimento com o suspeito. Jonathan é oriundo de Volta Redonda (RJ) e chegou a Minas Gerais após ser apontado como autor de um homicídio no estado do Rio de Janeiro, em junho. A Polícia Civil está em contato constante com as autoridades fluminenses para troca de informações sobre o histórico do suspeito.