Suspeito de mandar assassinar Dom Phillips e Bruno Pereira é preso pela PF

Bruno Araújo Dom Phillips

O peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, foi preso pela Polícia Federal (PF)suspeito de ser o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Crime aconteceu em junho deste ano, na região do Vale do Javari, no Amazonas. A informação foi confirmada pela PF ao Metrópoles. 

Preso por uso de documentos falsos

Colômbia é acusado de fornecer entorpecentes provenientes do Peru e da Colômbia a facções brasileiras. Ele foi preso, nesta quinta-feira, 7, por uso de documentos falsos, em Tabatinga.

Segundo informações, o narcotraficante, suspeito de matar o brasileiro e o inglês, teria se incomodado com a atuação do indigenista Bruno, que já apreendeu barcos e peixes que pertenciam à quadrilha governada por ele. O lucro da pesca ilegal de pirarucus e tracajás, espécie parente da tartaruga, seria um meio de lavar o dinheiro do narcotráfico. 

Colômbia foi detido ao prestar depoimento e negou a participação nos crimes. A PF dará uma coletiva na manhã desta sexta-feira, 8, para dar mais detalhes do caso. Ele teria ainda ligação ainda com os dois irmãos presos pela Polícia Federal: Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Um tio de Amarildo, que atua como líder comunitário, também é apontado como ‘’funcionário’’ de Colômbia. 

Dom e Bruno foram executados a tiros em 5 de junho na reserva indígena Vale do Javari. Amarildo, de 41 anos, e Oseney, de 41 anos, estão presos acusados de participarem do crime. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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