Suspeito de matar ex-cunhado com 74 facadas é indiciado, em Formosa

Os três homens suspeitos de matar covardemente, Wanderson Pereira Marcelo, de 23 anos, no dia 17 de abril, foram indiciados pela Policia Civil (PC). A vítima foi morta com 74 facadas, além de tiros e pedradas, em Formosa. Os suspeitos ainda urinaram no corpo do jovem enquanto ele agonizava momentos antes de morrer devido a um traumatismo craniano. Dois dos suspeitos estão em prisão preventiva, sendo um deles ex-cunhado da vítima. O terceiro autor do crime segue foragido.

Os três suspeitos deverão responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado – cujas penas podem chegar a 30 anos de prisão. Ao longo das investigações, a polícia descobriu que Wanderson e o ex-cunhado eram inimigos. A rivalidade decorreria do fato de a vítima já ter agredido o ex-sogro e a ex-namorada.

No dia do crime, a polícia afirmou que Wanderson teria procurado o ex-cunhado e iniciado a confusão, que culminou em sua morte. O ex-cunhado, acompanhado de dois amigos, perseguiram a vítima por cerca de quarto quarteirões e então o mataram, próximo a uma casa no setor Dom Bosco.

Suspeitos negam

Durante o interrogatório os dois suspeitos presos negaram a participação no crime. Ao DE, o delegado Danilo Meneses havia dito no dia da prisão dos suspeitos, que antes de erem detidos, ambos já haviam sido ouvidos e teriam mentido durante o depoimento, alegando não ter autonomia sobre o crime. O ex-cunhado de Wanderson possui antecedentes criminais por tráfico de drogas. Enquanto o comparsa dele nunca havia sido preso.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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