Um homem suspeito de liderar um plano de ataque com explosivos durante o show de Lady Gaga em Copacabana, que reuniu 2,1 milhões de pessoas, foi preso novamente nesta segunda-feira, 5, em Nova Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Após ser liberado ao pagar fiança por porte ilegal de arma, a Justiça decretou sua prisão preventiva, resultando em sua recaptura na Operação Fake Monster, que investiga um grupo extremista acusado de recrutar adolescentes para ataques.
Detalhes do plano do suspeito
O suspeito foi identificado como Luiz Fabiano da Silva, de 49 anos. Ele integrava uma organização criminosa que articulava o atentado contra o público LGBTQIA+ através do Discord, segundo a Polícia Civil do Rio.
As investigações revelaram que o objetivo era ganhar notoriedade nas redes sociais com um “desafio coletivo”. Um adolescente de 17 anos também foi apreendido no Rio por armazenamento de pornografia infantil e por suposta participação nos planos.
Segundo a BBC News, Silva e o adolescente apreendido são considerados pelos agentes como líderes do grupo, que é composto por outras seis pessoas, e que teriam planejado o crime por meio de distintos servidores da plataforma virtual Discord.
“As pessoas que foram alvo da operação não necessariamente iriam construir uma bomba e ir para o show de Lady Gaga. Elas iam propagar esse tipo de provocação para que outras pessoas fizessem [o ataque]”, afirma à BBC um integrante da Polícia Civil com acesso às investigações, pedindo para não ser identificado.
Operação Fake Monster
A operação contou com mandados em quatro estados, recebendo apoio do Ministério da Justiça. Em Mato Grosso e São Paulo, os policiais apreenderam eletrônicos utilizados para disseminar discursos de ódio e automutilação entre jovens. A Subsecretaria de Inteligência identificou a radicalização online do grupo, que promovia crimes como pedofilia disfarçados de “entretenimento.”