Um homem suspeito de envolvimento em um ataque ao diretor do Conjunto Penal de Eunápolis foi preso e está sob investigação por um caso ainda mais grave: o sequestro e assassinato de três homens na mesma cidade, ocorridos em maio deste ano. Um dos homens assassinados era o motorista por aplicativo Weverton Antônio dos Santos, de 29 anos, que mantinha contato com policiais e repassava informações sobre o tráfico de drogas na região.
Identificado como Romildo Ramos de Moraes, conhecido como “RD”, o suspeito foi localizado em uma casa no distrito de Pindorama, em Porto Seguro, durante uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão. Ele possuía cinco mandados de prisão em aberto, todos executados durante a abordagem. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil (PC) na terça-feira (5).
De acordo com o delegado Moabe Macedo, coordenador da polícia na região, a polícia descobriu que os três crimes em que o suspeito está envolvido aconteceram no mesmo mês. Weverton desapareceu no dia 13, e as investigações indicam que vídeos do crime foram enviados para os contatos da vítima usando o próprio celular. Até o momento, o corpo do motorista ainda não foi encontrado.
Além de Romildo Moraes, outros dois homens e um adolescente suspeitos de participação nos crimes foram localizados pelas autoridades. Um deles é José Rubens Alves de Assis Filho, conhecido como “Rubão”, e o delegado confirmou que membros do grupo confessaram os atos. Durante o crime, o celular do motorista foi destruído após a ação.
Outra vítima dos assassinatos ligados a Romildo é o eletricista Gustavo da Conceição Benfica, de 22 anos, que desapareceu no mesmo período que Weverton. Paralelamente, a polícia investiga se os crimes têm qualquer relação com o conteúdo encontrado no celular do motorista assassinado. As autoridades continuam com as investigações e prenderam os suspeitos, que agora estão à disposição da Justiça.
O atentado ao diretor do Conjunto Penal de Eunápolis ocorreu em maio deste ano e deixou um motorista gravemente ferido. A ação parece estar relacionada com a fuga de 16 detentos da mesma unidade prisional em dezembro do ano passado, além de uma conexão com um advogado detido por auxiliar em fugas anteriormente. A polícia também afirma que o suspeito dava ordens para ataques contra policiais e familiares. As investigações sobre esses casos estão em curso.