Suspeitos de assassinar transexual por homofobia são apresentados em Anápolis

O Grupo de Investigação de Homicídios apresentou nesta terça-feira (02), os quatro suspeitos do assassinato da transexual Emanuelle Muniz, morta em dia 26 de fevereiro ao sair de uma casa de festas no Bairro Jundiaí, em Anápolis. O delegado responsável pelo caso, Cleiton Lobo, confirmou que não há dúvidas de que o crime tenha sido praticado por homofobia.

Segundo Lobo, as investigações foram complicadas e duraram dois meses. Ele destacou a contribuição da população, que por meio do número 197, repassou informações que ajudaram na resolução do caso.

Foram presos: Daniel Lopes Caetano de 20 anos, Reinivan Moisés de Oliveira de 20 anos, Sérgio Cesário Neto de 21 anos e Maurício Machado de 18 anos. Três dos suspeitos são de Goianésia e um de Anápolis. A autoria do crime foi assumida por Daniel.

A investigação aponta que os autores do crime teriam abordado a jovem oferecendo uma carona, mas além de roubar a jovem, houve tentativa de estupro e ao perceber que Emanuelle era transexual, eles decidiram executá-la.
Durante a apresentação, a mãe da jovem assassinada, Edna Luiz, falou por vários minutos com os suspeitos em tom de desabafo. “Eu apresentei quem era a Emunelle para eles porque ela era uma pessoa cheia de sonhos que foram interrompidos. Estou no meio da batalha, agora. Apesar de aliviada, espero que eles sejam condenados pela Justiça”, disse a mãe.

Os suspeitos já foram encaminhados para a cadeia pública de Anápolis e o delegado espera finalizar o inquérito em até 30 dias. “Enquanto isso, eles ficarão presos pelo tempo que for preciso”, finalizou o investigador.

Emanuelle Muniz foi assassinada no dia 26 de fevereiro

*Com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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