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Suspeitos de enganar vítimas com ‘duplicação de dinheiro’ são detidos

Última atualização 04/07/2022 | 09:43

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) e a Polícia Militar (PM) apreenderam quatro suspeitos de aplicar golpes de duplicação de dinheiro. Os criminosos utilizavam uma espécie de caixa milagrosa, que supostamente seria capaz de multiplicar notas. Nesses golpes, a quadrilha conseguia faturar entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão por mês.

Multiplicação de dinheiro

A quadrilha da multiplicação de dinheiro atuava em oito estados diferentes: Rondônia, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Tocantins, Amazonas, Distrito Federal e Goiás. Na Operação Houdini, o MP-GO e a PM conseguiram prender quatro suspeitos em Goiânia e São Paulo, enquanto um segue foragido.

O modo com que o grupo atuava funcionava da seguinte maneira. Os criminosos fingiam que eram investidores, dirigindo carros de luxo e ostentando roupas caras. Eles atraíam vítimas até quartos de hotel e começavam a contar a respeito de como multiplicar dinheiro.

Membros da quadrilha pediam algumas notas de dinheiro das vítimas e as colocavam em uma caixa de isopor com água colorida. O intuito seria de copiar essas notas, a fim de duplicar o valor. Nos bastidores, o grupo possuía uma outra caixa com menos dinheiro e muitas folhas em branco, mas com aparência bastante similar.

Desta forma, na hora de entregar a caixa com o dinheiro que seria supostamente duplicado, os criminosos entregavam a outra caixa, com menos dinheiro e folhas em branco. Os golpistas afirmavam que era necessário deixar as notas de molho por 24h, antes de retirá-las da caixa. Com isso, sumiam do mapa e deixavam as vítimas ao léu.

Segundo a investigação, o líder da quadrilha é José Lúcio Antunes Costa, e um de seus comparsas se trata de José Carlos Arantes Junior. As defesas de ambos negam as acusações. As autoridades não divulgaram os nomes dos outros dois suspeitos que foram presos.

A estimativa é de que, mensalmente, a quadrilha aplicava no mínimo de dois a três golpes. Em caso de condenação, os membros do grupo podem pegar 82 anos de prisão. Já as vítimas, apesar de terem buscado falsificar notas, o que seria crime, não chegaram às vias de fato. Por isso, não podem responder criminalmente.