A polícia da Índia confirmou nesta terça-feira, 5, a prisão de todos os oito suspeitos envolvidos no estupro coletivo da turista brasileira Fernanda Santos. O crime ocorreu no distrito de Dumka, no estado de Jharkhandna, nordeste do país, na última sexta-feira, 1º, quando ela e o marido foram atacados por um grupo de criminosos enquanto acampavam à noite durante uma viagem de moto pelo país.
“Fernanda está pior do que eu. Eles me bateram com o capacete várias vezes e com uma pedra na cabeça. Graças a Deus ela estava vestindo a jaqueta [de motociclista] e isso amorteceu um pouco dos golpes”, disse o marido da vítima, Vicente Barbera.
O marido da vítima já havia informado anteriormente sobre a prisão dos agressores, e o superintendente da Polícia Nacional indiana, Pitamber Singh Kherwar, confirmou a informação, durante uma coletiva de imprensa sobre o caso.
Os suspeitos serão agora levados a julgamento após terem sido capturados em Dumka e encaminhados para a delegacia de Hansdiha, próxima ao local do acampamento onde ocorreu o crime. Até o momento, a identidade e a nacionalidade dos detidos não foram divulgadas.
Possível pena de morte
Na Índia, a pena de morte pode ser aplicada para casos de estupro, medida adotada em 2012 após um dos mais violentos e chocantes registros de estupro no país, quando uma jovem de 23 anos foi estuprada por seis homens em um ônibus em Nova Déli e posteriormente faleceu.
Casos semelhantes na Índia
Apesar das reformas e do endurecimento das leis, os casos de estupro continuam a ocorrer com frequência na Índia. Em 2022, um caso que gerou grande comoção foi o estupro de uma menina de 13 anos por um policial em uma delegacia do estado de Uttar Pradesh, para onde ela havia ido denunciar um estupro anterior.
Outro incidente relatado pelo jornal “Times of Índia” foi o estupro de uma turista nas proximidades onde Fernanda Santos foi agredida, menos de 24 horas depois do ocorrido com a brasileira.