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Suspeitos de matar detentos na CPP de Aparecida são transferidos para unidades de segurança máxima

Última atualização 28/07/2022 | 14:02

Detentos suspeitos de matar quatro presos na Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia foram transferidos nesta quinta-feira, 28, para unidades prisionais de segurança máxima. A informação foi confirmada pela 1ª Coordenação Regional Prisional da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás (DGAP).

Os crimes ocorreram nesta terça, 26, e quarta-feira, 27. De acordo com a administração prisional, a decisão foi tomada com base nos “princípios de defesa do estado de Direito, da garantia dos direitos humanos e controle e combate à criminalidade.”

Os nomes dos criminosos transferidos e os crimes aos quais eles respondem não foram divulgados. Além disso, por motivos de segurança, a DGAP não informou para qual unidade eles foram transferidos.

CPP de Aparecida tem quatro assassinatos de detentos em dois dias

Na última terça-feira, três detentos foram encontrados mortos e amarrados em duas celas na CPP de Aparecida de Goiânia. Hyago Alves da Silva, Matheus Junior Costa de Oliveira e Paulo Cesar Pereira dos Santos, aguardavam julgamento pelos crimes de roubo e homicídio. Eles foram esfaqueados e tiveram os corpos pendurados pelo pescoço na entrada das celas.

De acordo com a DGAP, os detentos foram encontrados já sem sinais vitais, mesmo assim, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) foi acionada e constatou os óbitos no local.

Já na noite desta quarta-feira, 27, os policiais penais identificaram um tumulto na cela, localizada no Bloco 3, Ala b, onde, supostamente, o preso, João Victor Nunes Araújo Guedes, era agredido pelos colegas. Ele chegou a ser socorrido, mas o óbito foi constatado minutos depois por uma equipe do Samu.

Os casos, que são investigados pela Polícia Civil (PC), também serão apurados pelo Ministério Público (MP), além disso, membros da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Goiás (OAB-GO) realizaram uma vistoria no local e acompanham as investigações.

Em nota, enviada ao Diário do Estado, a OAB-GO, por intermédio de suas comissões de Direitos Humanos (CDH), de Direitos e Prerrogativas (CDP), de Segurança Pública e Política Criminal e Especial de Execução Penal, classificou os episódios ocorridos na CPP de Aparecida como “gravíssimo”.

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