Suspeitos de torturarem família e filmarem agressões são presos, em Valparaíso de Goiás

Suspeitos de torturarem família e filmarem agressões são presos, em Valparaíso de Goiás

Três homens suspeitos de torturar uma família e filmar as agressões, foram presos nesta segunda-feira (17) em Valparaíso de Goiás pela Polícia Civil. Segundo investigações, os suspeitos cometeram o crime logo após uma briga de trânsito, no último dia 2 de janeiro, por volta das 2h30, no bairro Jardim Ipanema.

No vídeo gravado e publicado pelos suspeitos, um homem é humilhado enquanto sua família é mantida em cárcere privado. As imagens teria sido feito para que a vítima ‘servisse de exemplo’.

“Quem manda na quebrada é nois! Eu te dou três dias para você se mudar daqui. Não vou te matar, pra tu servir de exemplo”, diz um dos suspeitos no vídeo, que foi divulgado nas redes sociais. De acordo com a polícia, além dos três homens já presos, outros dois são procurados pelos agentes suspeitos de terem participado do crime.

Vítima agredida e família em cárcere privado

De acordo com a polícia, o homem que aparece no vídeo foi espancado violentamente pelos cinco suspeitos. Além disso, a família dele foi mantida em cárcere em um quarto. Tudo aconteceu devido a uma discussão de trânsito com um dos suspeitos.

Além das agressões, o grupo roubou objetos das demais pessoas que estavam trancadas. As imagens chocantes foram gravadas e postadas nas redes sociais. No vídeo, os homens se dizem integrantes de uma facção criminosa.

Após a publicação das imagens, agentes civis identificaram três dos cincos coautores do crime. Com um deles, foi apreendido uma balança de precisão e um rádio comunicador.

Ainda segundo a corporação, dois dos três indiciados possuem passagens por crimes contra o patrimônio, sendo que um destes está em regime aberto. Os investigadores também acreditam que, além dos crimes, os suspeitos comandam uma série de roubos feitos no bairro Jardim Ipanema.

Três dos suspeitos estão detidos no presídio local, onde aguardam a conclusão das investigações. Todos eles devem responder pelos crimes de tortura, roubo com restrição de liberdade e organização criminosa.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos