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T-63 é interditada para perícia de acidente que matou motociclista e garupa 

Última atualização 03/05/2023 | 17:47

Uma perícia para ajudar a desvendar o acidente que matou duas pessoas na T-63 interditará a via a partir das 8h30 desta quinta-feira, 04. Não há previsão de horário par ao fim da atividade.  O exame de estimativa de velocidade por projeção reversa deve apontar a altura alcançada pelas vítimas com o impacto do veículo de luxo na noite de 20 de abril. O motociclista por aplicativo Leandro Pires e o garupa, David Galvão, morreram na hora. Um outra motociclista que passava pelo local foi ferida.

 

A projeção reversa envolve uma reprodução subjetiva da cena do crime, de acordo com uma dissertação de mestrado publicada em 2017 pelo Admilson Júnior. “A projeção reversa envolve uma reprodução subjetiva da cena do crime. Um gabarito métrico é posicionado no local onde o alvo foi visto na cena e, com isso, é gravado pela câmera em questão. A sobreposição do quadro recriado com o quadro original possibilita a visualização da altura do alvo”, descreve.

 

O acidente causou revolta entre a família e trabalhadores de entregas por aplicativos. A categoria realizou uma manifestação dias após as mortes para reclamar da imprudência no trânsito. O delegado responsável pela investigação do caso afirmou que o motorista do carro que colidiu com a moto admitiu ter subido o elevado da T-63 em alta velocidade. O médico Rubens Filho estava com a esposa no veículo. Havia suspeitas de que ela estava ao volante, mas câmeras descartaram a hipótese.

 

“”Ele disse que estava acima da velocidade quando subiu o viaduto. Ele falou que ia subir, precisou acelerar um pouco mais e que, quando chegasse no topo do viaduto, iria tirar o pé do acelerador e que o carro iria diminuir a velocidade sozinho. Ele disse que tirando o pé, o carro freia e gera energia para a bateria, aumentando a autonomia do carro”, afirmou o delegado Hellyton Carvalho em entrevista ao Daqui. 

 

Rubens alega que foi “fechado” por um outro carro e fez uma manobra de desvio, por isso teria invadido a contramão da pista. Nesse momento, ele afirma ter confundido os pedais do veículo. Uma testemunha, no entanto, alega que o médico estava em alta velocidade bem antes do acidente e a ultrapassagem ocorreu quando o motorista sinalizou em luz alta para outros condutores que não deram passagem. O homem disse ainda que não houve tentativa de frear.

 

A investigação interpreta o caso como duplo homicídio culposo, mas pode alterar o crime para duplo homicídio doloso. O motociclista morto – Leandro, de 23 anos – atuava como autônomo havia apenas cinco dias e o rapaz que ele levava para casa – David, de 21 anos –  tinha acabado de sair do trabalho, onde atuava como garçom em um restaurante. Uma vítima foi arremessada da proteção do viaduto e o outro chegou a alcançar a altura da fiação dos postes. O sapato de um deles foi encontrado distante do local da colisão.

 

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