Tamanduá-mirim: representante da preservação das florestas no Parque do Desengano

tamandua-mirim-representante-da-preservacao-das-florestas-no-parque-do-desengano

O tamanduá-mirim, um pequeno e incrível animal que representa a preservação das florestas, foi avistado por guarda-parques durante o manejo de uma trilha no Parque Estadual do Desengano, em Campos dos Goytacazes. Este animal não costuma ocorrer em áreas degradadas, sendo um indicativo da importância de manter o equilíbrio ambiental nas florestas. Sua dieta é composta principalmente por insetos e outros invertebrados, o que está diretamente ligado à frutificação das espécies florestais e à saúde do solo desses ambientes, como explicou Marco Gonçalves, gerente de Fauna do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

A espécie de tamanduá-mirim foi registrada por Aurenio Perrut e Ivan Mota, guarda-parques responsáveis pelo manejo da trilha onde o animal foi avistado. Perrut destacou a destreza do animal ao subir em árvores, utilizando suas garras afiadas e sua cauda para se locomover e firmar nos troncos. Já Mota ressaltou a versatilidade do tamanduá-mirim, que pode ser tanto arbóreo quanto terrestre, alimentando-se principalmente de formigas e cupins.

De origem sul-americana, o tamanduá-mirim pode ser encontrado em diversos biomas do continente, inclusive no Brasil. Seu papel na natureza vai além de sua dieta, contribuindo para o controle populacional de insetos e aerando o solo enquanto busca por alimento. O animal não possui dentes e sua língua extremamente comprida é uma adaptação para capturar os insetos com eficiência.

Apesar de não ser considerado em risco de extinção, o avanço das queimadas nos biomas brasileiros representa uma ameaça às populações de tamanduás-mirins e a outros animais. O Parque Estadual do Desengano, onde o animal foi avistado, é uma importante unidade de conservação no Rio de Janeiro e reconhecida internacionalmente como uma área prioritária para a conservação da biodiversidade.

O tamanduá-mirim apresenta hábitos solitários e uma grande capacidade de adaptação a diferentes habitats, podendo ser avistado em diferentes regiões do país. Quando ameaçado, o animal pode se defender utilizando suas garras afiadas ou emitindo um cheiro forte para afugentar possíveis inimigos. Sua importância na natureza vai além da sua aparência graciosa, contribuindo ativamente para o equilíbrio dos ecossistemas onde habita.

Com sua pelagem característica que lembra um colete negro, o tamanduá-mirim é também conhecido como tamanduá-colete. Sua cauda preênsil e musculatura desenvolvida nos membros anteriores o tornam um exímio escalador de árvores. É essencial proteger essas espécies e seus habitats para garantir a continuidade desses incríveis animais e a manutenção da biodiversidade em nosso planeta.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp