Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo, está no centro das atenções políticas de Brasília. Nesta segunda-feira, ele decidiu priorizar uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em detrimento da posse de Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes no comando do STF. Essa escolha tem gerado debates sobre sua postura frente à radicalização bolsonarista e à moderação política. A presença de Tarcísio na cerimônia do STF seria interpretada como um gesto de moderação e de aproximação dos ministros da corte.

Ao desembarcar em Brasília, Tarcísio de Freitas tinha um único compromisso agendado: visitar Jair Bolsonaro. Esse encontro ocorre no momento em que Luiz Edson Fachin assume a presidência do STF e Alexandre de Moraes se torna vice-presidente da Corte. Embora tenha sido convidado para o evento pelo STF, Tarcísio optou por não comparecer, gerando especulações e questionamentos sobre suas posições políticas.

Recentemente, Tarcísio expressou críticas ao STF em manifestações a favor da anistia e em entrevistas. Suas declarações, sobretudo em relação a Alexandre de Moraes, relator de ações contra Bolsonaro, causaram polêmica e descontentamento. O governador chegou a afirmar que não confia na Justiça brasileira e que, se fosse presidente, concederia um indulto a Jair Bolsonaro, demonstrando alinhamento com a ala mais radical do entorno do ex-presidente.

A postura de Tarcísio tem gerado tensões políticas e impacto em possíveis projeções eleitorais. Apesar de ser alvo de críticas e ataques, aliados já consideram sua candidatura à reeleição ao governo de São Paulo como praticamente certa, descartando uma corrida ao Planalto. O tema das eleições de 2026 deve ser discutido durante a visita do governador a Bolsonaro, proporcionando insights sobre os rumos políticos e alianças futuras.

Tarcísio de Freitas mantém-se em destaque na arena política nacional, equilibrando-se entre a moderação e a radicalização. Sua agenda em Brasília evidencia sua estratégia política e sua aproximação com figuras influentes, como Jair Bolsonaro. A visita ao ex-presidente, em meio a um cenário de tensionamentos entre poderes, reflete a complexidade e a sensibilidade das relações políticas no Brasil atual.