Nome mais forte de Bolsonaro é Tarcísio, diz Márcio França
Ministro do Empreendedorismo afirmou que deseja disputar a eleição para o
governo paulista em 2026, mas ainda aguarda o apoio do presidente Lula
O ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), afirmou que o atual
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é “o nome mais
forte que tem” para disputar a eleição presidencial em 2026 pela direita, no
lugar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030, por
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Ainda é muito cedo, tem todo o passar deste ano e tem as decisões básicas:
Tarcísio renuncia ou não renuncia, Bolsonaro não pode mais ser candidato, a
doença e tudo mais, quase me leva a crer que ele caminha para essa indicação. O
nome mais forte que tem do Bolsonaro é o Tarcísio”, disse França durante o
Congresso do PSB, em São Paulo, que contou com a presença do presidente em
Exercício, Geraldo Alckmin.
Márcio França ainda criticou a gestão de Tarcísio, que assumiu o governo de São
Paulo em 2023. Para o ministro, o republicano precisa ser questionado sobre os
problemas do estado paulista.
“Ele [Tarcísio] é um orador muito forte e é um engenheiro, então ele fica com os
números, números e números, mas pode olhar que se você assoprar isso, sobra
pouca coisa concreta. E na população, o que você vê é isso aí, ó, uma
insegurança, um aumento na luz. Esse feriado passado foi um desastre, todas as
estradas, no trânsito, e ele na Europa. Ele vai ter que ele tem que ser
questionado”, disse.
CANDIDATURA AO GOVERNO DE SÃO PAULO
França afirmou que deseja disputar a eleição para o governo paulista em 2026,
mas ainda aguarda o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Olha, pré-candidato de verdade, você tem um período, que é a partir do ano que
vem, mas o desejo de disputar a eleição eu tenho. Claro que a gente faz parte do
governo federal e estamos aguardando o presidente Lula, como ele enxerga o
quadro, mas tenho a impressão que caminha para um apoio”, disse Márcio França,
que já foi governador do estado entre abril e dezembro de 2018.
“É claro que o apoio do presidente é essencial. Mas eu tenho uma característica
diferente [em relação a candidatos do PT]. Eu sou mais ao centro. Então, por
exemplo, servidor público, polícia militar, polícia civil, algumas ordens
fechadas de grupos, inclusive evangélicos, muitos acompanham. Então eu penso que
eu posso ampliar um pouco para ele [Lula] também, facilitar um pouco pro
presidente”, acrescentou o ministro.