A criação da Secretaria de Políticas para a Mulher foi anunciada por Tarcísio ainda na transição de governo, em 2022, mas a proposta gerou controvérsias ao propor um orçamento menor para a pasta liderada por Valéria Bolsonaro. O governo alega que a verba é maior do que o ano anterior, porém o aumento se deu por emendas de deputados. Apesar dos R$16,5 milhões destinados para 2026, houve uma redução de 54% em relação ao ano anterior, o que tem preocupado a oposição.
A área foi comandada por Sonaira Fernandes e, desde a sua saída em 2024, Valéria Bolsonaro assumiu o cargo. O anúncio do orçamento menor para a secretaria gerou críticas, principalmente diante dos altos índices de feminicídio. Em 2025, dos R$10 milhões destinados ao programa de combate à violência contra a mulher, apenas R$2,6 milhões foram efetivamente utilizados, levantando questionamentos sobre a efetividade das ações.
Pelo menos desde 2024, a pasta já sofria com cortes de verba, o que culminou em um orçamento reduzido para R$15 milhões durante o exercício. A falta de investimentos na área levou a oposição a questionar publicamente as medidas do governo e a deputada federal Erika Hilton denunciou o baixo investimento nas Delegacias da Mulher, solicitando uma auditoria no TCE-SP.
Durante o ato Mulheres Vivas na Avenida Paulista, ativistas e parlamentares criticaram Tarcísio e Valeria Bolsonaro, denunciando os contingenciamentos. Para 2026, além do orçamento na secretaria dedicada às mulheres, foi instituída uma política de auxílio para vítimas de violência, com investimentos previstos de R$24 milhões, a cargo da Secretaria de Desenvolvimento Social. O governo afirma que há uma política para garantir a segurança e autonomia financeira das mulheres no estado, coordenada de forma integrada desde 2023.