Após alunos do 8º ano A e B da Escola Municipal Padre Elígio Silvestri, receberem uma tarefa de casa onde um exercício utilizava a palavra cocaína, o Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Itaberaí, reuniu-se com representantes do município para tratar da conduta profissional de duas servidoras municipais, responsáveis pelas turmas.
Segundo a secretária municipal de Educação, Carla de Deus Lima Lemes, a servidora que ocupava o cargo de supervisora escolar pediu exoneração, no dia 8 deste mês. Além disso, foi instaurado procedimento para apurar a conduta administrativa tanto da supervisora quanto da coordenadora pedagógica da unidade.
Ainda de acordo com o MP, o procurador-geral do município, Daniel Fernandes Leite, acrescentou que a Câmara Municipal de Itaberaí constituiu Comissão Especial para acompanhamento do processo administrativo aberto para averiguar a conduta das duas servidoras municipais.
O caso
A tarefa entregue aos alunos, apresentava uma questão que pedia o cálculo da quantidade de cocaína colocada em um pino de plástico. O exercício foi enviado para a casa dos alunos do 8º ano das turmas A e B. O fato provocou a reação de pais dos estudantes e ganhou repercussão nacional.
Os pais dos alunos cobraram providências da escola e até chamaram o conselho tutelar para prestar auxílio e intervir no caso. Depois, conselheiros foram à escola e informaram que a diretora reconheceu o erro e, segundo ela, o objetivo de propor um problema na questão e poderia ser alcançado usando outras substâncias como exemplo.
Na época a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que abriu um processo administrativo para apurar o caso e as medidas cabíveis seriam tomadas contra a professora, a coordenadora e a gestora da escola.