Tarifa de ônibus sobe para R$ 4 a partir de quarta-feira

A Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) e Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC)  estiveram reunidas na tarde desta segunda-feira, 22, e decidiu que a tarifa de ônibus na região metropolitana da capital fica, a partir de quarta-feira, 24, em R$ 4.

Durante a reunião, realizada no Paço Municipal, no Parque Lozandes, em Goiânia, a discussão ficou entre a cobrança de R$ 3,70 e R$ 4,05. Prevaleceu a tarifa maior, com o preço “arredondado”.

O cálculo foi realizado segundo as alterações sofridas no preço da gasolina, diesel e manutenção dos ônibus, além das variações inflacionárias e de índice de passageiros.

Em contrapartida, as empresas de ônibus alegam que vão criar 11 novas linhas para Goiânia e Aparecida de Goiânia. Todos os veículos teriam, segundo as promessas, internet gratuita e ar condicionado.

Ação Civil Pública

A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira propôs ontem ação de improbidade administrativa contra o presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Fernando Meirelles, por ter se omitido em seus deveres funcionais, no descumprimento do que determinam a Lei Complementar nº 27/1999 e os Contratos de Concessão firmados entre a CMTC e as empresas prestadoras do serviço de transporte coletivo.

Segundo apontado na ação, no período de pouco mais de um ano em que Meirelles ocupa a posição de presidente da CMTC, deveriam ter sido tomadas providências no sentido de, em cumprimento às determinações legais e contratuais, exigir das empresas a devida execução dos contratos de concessão. Contudo, não foram adotadas medidas neste sentido.

De acordo com a promotora, além de não exigir o cumprimento contratual pelas empresas concessionárias do serviço de transporte público coletivo de passageiros, o réu tem, também, negligenciado os abrigos de ônibus (que são de responsabilidade única e exclusiva da CMTC), ao deixar de prestar a devida manutenção e limpeza dos abrigos já existentes e construção de novos abrigos.

Assim, acrescenta Leila de Oliveira, os usuários do transporte público coletivo têm ficado sujeitos às intempéries e à insegurança. No mérito da ação é pedida a condenação do presidente da companhia às sanções do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), entre elas perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder Público. (Com informações do MP-GO)

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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