Tarifaço de 50% pode reduzir exportações de uva e manga no Vale do São Francisco: impactos e desafios a serem superados

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O novo tarifaço de 50% sobre as frutas brasileiras exportadas pode gerar uma queda de até 70% nas exportações de uva e manga do Vale do São Francisco. A região, conhecida por sua produção de frutas, está enfrentando um momento de incerteza devido à nova medida implementada pelos Estados Unidos. Essa taxa afeta diretamente os produtores da região, que dependem das exportações para manter seus negócios.

A medida de taxação de 50% dos produtos brasileiros pelos EUA tem sido tema de debates, como no programa “Ligado no Agro”, que discute os impactos dessa nova tarifa. A preocupação é que a nova taxa gere prejuízos milionários no agronegócio local, especialmente nas exportações de mangas e uvas, que são os carros-chefe da região. Com as exportações paradas, as embalagens continuam vazias e os trabalhadores temem a possibilidade de demissões.

No Vale do São Francisco, as fazendas estão preparadas para exportar sua produção de uva e manga, porém, devido à indefinição da situação, as contratações temporárias ainda não começaram. Essa falta de definição gera preocupação entre os produtores, já que uma diminuição significativa no volume exportado pode resultar em prejuízos expressivos para a região.

O Vale do São Francisco é responsável por uma produção anual de 1,25 milhão de toneladas de manga, das quais 253 mil toneladas são exportadas, gerando uma receita de US$ 348 milhões. Com a nova tarifa de 50%, a previsão é de uma redução de até 70% no volume exportado, o que impactaria diretamente a economia local. A região estima uma queda expressiva nas exportações devido à medida imposta pelos Estados Unidos.

A situação se agrava com o tempo, já que as mangas levam aproximadamente 30 dias para chegar aos EUA e precisam estar em um estado específico de maturação. Caso a nova tarifa não seja revertida, cerca de 700 mil frutas podem ficar sem destino externo, resultando em uma possível superoferta no mercado interno, o que pode pressionar os preços e comprometer a economia dos produtores locais.

A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) defende que as frutas sejam retiradas da lista de produtos afetados pela tarifa. Segundo a associação, exportar para a Europa ou manter as frutas no mercado interno não serão viáveis, o que coloca em risco a produção e a economia dos produtores do Vale do São Francisco. O diálogo e o bom senso são essenciais para solucionar essa situação delicada.

Diversos setores brasileiros conseguiram ficar de fora da nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, porém, segmentos importantes como o agronegócio foram diretamente impactados pela medida. A incerteza paira sobre a região do Vale do São Francisco, que depende das exportações de uva e manga para manter sua economia. Resta aos produtores e associações buscarem soluções para enfrentar essa nova realidade e garantir a sustentabilidade do agronegócio local.

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