A promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de reagir com reciprocidade ao tarifaço imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros deve elevar os preços de insumos importantes para o desenvolvimento econômico do Brasil. Os Estados Unidos, sendo um dos principais parceiros comerciais do Brasil, fornecem uma série de produtos e matérias-primas para a economia brasileira, perdendo apenas para a China nas importações e nas exportações.
Dentre os produtos mais importados pelos produtores brasileiros estão os insumos para o agronegócio, como fertilizantes e defensivos agrícolas essenciais para a alta produtividade do setor. Além disso, o Brasil importa petróleo e derivados como óleo diesel, tecnologia e equipamentos, produtos farmacêuticos e químicos dos Estados Unidos.
Diante dessa situação, o governo brasileiro, representado pelo ministro da Casa Civil Rui Costa, anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar eventual retaliação à tarifa de 50% sobre as exportações do Brasil para os Estados Unidos. Esse grupo será responsável por estudar novos mercados para compensar parte das perdas decorrentes da tarifa, caso ela seja mantida.
Os canais diplomáticos permanecerão abertos e o governo brasileiro pretende negociar até o dia 1º de agosto para resolver a questão. A tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras foi anunciada por Trump em uma carta pública enviada ao presidente Lula, afirmando que a medida seria aplicada em todas as exportações brasileiras enviadas para os EUA, independentemente de tarifas setoriais já existentes.
Produtos como aço e alumínio, que já enfrentam barreiras semelhantes, terão seus impactos na indústria siderúrgica brasileira. Enquanto isso, o Brasil segue em busca de soluções para lidar com o aumento de preços nos insumos importados dos Estados Unidos. A reciprocidade prometida por Lula certamente terá reflexos no mercado e na economia do país nos próximos meses.