“Tarifaço dos EUA coloca em risco colheita de tabaco no RS em 2025”

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O início da colheita de tabaco no Rio Grande do Sul tem sido ameaçado pelo chamado “tarifaço” dos Estados Unidos, que impôs uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros. Esse cenário preocupa os produtores da região, especialmente porque os EUA foram o terceiro maior comprador de tabaco do estado em 2024, movimentando mais de US$ 245 milhões. A intensificação dessas taxas afetará significativamente as exportações e a economia local.

Com a produção nacional de tabaco atingindo 719 mil toneladas no último ano, sendo 303 mil provenientes do Rio Grande do Sul, a expectativa para 2025 é positiva. No entanto, a incerteza gerada pela imposição das tarifas americanas cria uma atmosfera de preocupação entre os agricultores e representantes da indústria tabaqueira. A incerteza sobre o impacto financeiro no setor é um dos principais pontos de tensão.

As exportações de tabaco destinadas aos EUA já foram afetadas pela nova política tarifária, com parte das remessas suspensas devido aos altos impostos. Este impasse levou algumas empresas a buscar novos mercados para realocar volumes que estavam previamente direcionados aos Estados Unidos. A situação ainda é delicada e representa um desafio considerável para o setor.

Na região sul do estado, municípios como Canguçu dependem fortemente da produção de fumo, onde mais de cinco mil famílias têm sua subsistência vinculada ao tabaco. Além das exportações em risco, os produtores também enfrentam a possibilidade de uma redução nos preços pagos pelo produto, especialmente no caso do tabaco burley, muito consumido pelos americanos. A incerteza paira sobre o futuro do setor.

Valmor Thesing, presidente do Sinditabaco, destaca a importância de encontrar soluções alternativas para minimizar o impacto do “tarifaço” sobre as exportações de tabaco do Rio Grande do Sul. A retomada parcial das remessas é um sinal positivo, mas ainda há um longo caminho a percorrer para estabilizar o mercado e garantir a renda dos produtores locais. A busca por novos mercados e estratégias de diversificação é essencial neste momento de turbulência econômica.

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