Após as tarifas impostas pelo governo, a Temu deixou o posto de app de compras número 1 na Apple Store. A empresa foi uma das mais afetadas pela eliminação de uma cláusula comercial popular, utilizada para importações da China. Durante os últimos dois anos, a Temu se destacou como o principal aplicativo de compras gratuito na loja da Apple nos EUA, em parte devido aos seus investimentos agressivos em publicidade.
Entretanto, com o aumento das tarifas sobre produtos chineses pelo presidente Donald Trump, a classificação da Temu começou a cair, sendo rebaixada para o 5º lugar nesta sexta-feira. Tanto a Temu, que pertence à empresa chinesa PDD Holdings, como a marca de moda Shein, foram duramente afetadas pela eliminação da cláusula comercial para importações da China.
O fim da isenção de impostos para embalagens avaliadas em até US$ 800, juntamente com as novas tarifas de Trump, que agora chegam a 125%, significa que os produtos enviados da China pela Temu e pela Shein estão sujeitos a uma tarifa média de 145%. Isso deve eliminar qualquer vantagem de preço que essas empresas tinham sobre seus concorrentes.
Juozas Kaziukenas, um analista de comércio eletrônico, acredita que a Temu suspendeu suas campanhas de publicidade devido aos anúncios das tarifas. Ele ressalta que a queda de popularidade não se repete em outros países. No entanto, os downloads da Temu caíram 41% no primeiro trimestre, de acordo com dados da empresa de inteligência de mercado Sensor Tower.
A pressão inflacionária ainda é liderada pelo setor de alimentos, conforme aponta um analista. Com as incertezas provocadas pelas mudanças na política comercial de Trump, empresas como a Temu e a Shein enfrentam desafios significativos no mercado. A competição se intensifica e a busca por alternativas e ajustes para se adaptar às novas condições se torna essencial para essas empresas se manterem competitivas.